FOTOGRAFIA com ARTE: Casa Nobre Leitão Aranha
O palácio Leitão Aranha na Rua da Junqueira, em Lisboa, começou a ser construído em 1734, segundo plano do arquitecto Carlos Mardel. O proprietário foi Lázaro Leitão Aranha, que anteriormente tinha sido lente da Universidade de Coimbra. Próximo do fim da vida (morreu em 1767) doou os seus bens a um parente, de nome António Rodrigues de Macedo, que passou a adotar os apelidos Leitão Aranha.
A fachada principal é constituída por um corpo central e dois laterais.
Um corpo extremo corresponde à Capela, cuja porta é sobrepujada por um óculo gradeado, e rematada por balaustrada corrida. A fachada posterior virada para os jardins apresenta uma porta ao centro e um conjunto de seis janelas idênticas às da fachada principal.
A Capela possui azulejos da escola portuguesa, colocados por altura da sua construção em 1740, e que representam cenas da Paixão de Cristo, José de Arimateia e Nicodemus.
A casa foi restaurada por várias vezes ao longo dos séculos XVIII e XIX, mas nunca passaram de pequenas intervenções de manutenção, que não lhe alteraram a estrutura original nem modificaram o aspecto da fachada.
Foi só em 1936 que se realizaram grandes restauros e efectuaram-se algumas transformações orientadas pelos Arquitectos Nicolau Bigaglia, Ernest Korrodi, Vilaça e Raul Lino.
O edifício foi classificado como Imóvel de Interesse Público ali funcionando, há anos, a Universidade Lusíada.
Texto e fotografias Jorge Maio