Exposição e conferência do programa "Primeira Pedra" esta semana em Lisboa
A inauguração de uma exposição, com 74 obras de autores de 15 países, e uma conferência, ambas na quinta-feira, em Lisboa, marcam o final do programa Primeira Pedra, iniciado em 2016 pela associação cultural experimentadesign.
“Primeira Pedra 2016|222”, que estará patente no exterior e no interior do Museu Nacional dos Coches, é, segundo a presidente da experimentadesign, Guta Moura Guedes, “uma exposição de arquitectura, arte e design contemporâneos, linguagens deste século, do século XXI”, constituída por obras “feitas em pedra portuguesa e produzidas pela indústria nacional e, muitas das vezes, artesãos, nacionais também”.
Esta será “uma oportunidade única de se ver todo o material produzido durante seis anos, que passou por Londres, Veneza, Nova Iorque, Milão, Dubai, uma oportunidade única de ver toda a colecção junta”.
As 74 peças, de 36 autores oriundos de 15 países, “vão estar num diálogo muito especial com aquilo que é uma peça de arquitectura muito bonita, do [arquitecto] Paulo Mendes da Rocha, que é o Museu Nacional dos Coches, cá fora, na praça”.
“E depois, lá dentro, as peças contemporâneas, produzidas por alguns dos mais interessantes designers, arquitectos e artistas contemporâneos, em diálogo também, com a colecção do Museu dos Coches, uma colecção que vem do século XVII até ao século XIX e que é a mais importante colecção de coches do mundo”, descreveu.
O tamanho das peças varia entre “a escala enorme do cubo do, até aos anéis, que são muito pequeninos, dos irmãos Campana”.
Guta Moura Guedes salienta ainda que a maioria das peças “pode ser experimentada”.
“Grande parte das peças que estão na praça podem ser exploradas pelas crianças e os adultos, que se podem sentar nelas, podem mexer nelas, podem usá-las. As do interior também, em algumas delas as pessoas podem sentar-se, acima de tudo”, refere.
Além de Carsten Höller e dos irmãos Campanha, “Primeira Pedra 2016|222” conta ainda com obras, entre outros, de Ai Weiwei, Álvaro Siza, Marina Abramović, Julião Sarmento, Eduardo Souto de Moura e Philippe Starck.
A exposição é inaugurada na quinta-feira, às 22:00, e estará aberta ao público entre sexta-feira e 25 de Setembro. A inauguração tem entrada gratuita, mas nos dias seguintes, para visitar a exposição é necessário adquirir um bilhete de acesso ao Museu Nacional dos Coches.
Um livro e um documentário assinalam o fim da exposição
Também na quinta-feira, o Teatro Tivoli acolhe a conferência Primeira Pedra, “uma maratona, que começa às 10:00 e termina depois das 16:00”.
“Temos moderadores que são curadores profissionais nas áreas da arquitectura, design, e temos também a Anabela Mota Ribeiro, que vai entrevistar Humberto Campana e Cláudia Moreira Sales”, adiantou Guta Moura Guedes.
De acordo com a presidente da experimentadesign, no palco do Tivoli vai decorrer “uma série de conversas, quase como se fossem ‘talk shows’ televisivos”, nas quais os autores “vão falar sobre como é que abordaram este material, como é que abordaram a pedra portuguesa, como é se relacionaram com o material e como é que desenvolveram os projetos”.
Além disso, serão também abordados temas “relacionados com questões que são muito do presente: sustentabilidade, coesão social, equilíbrio do planeta”. “Porque vão estar, inevitavelmente, também nas conversas essas preocupações, que são preocupações de quem trabalha nesta área”, disse.
Os bilhetes para a conferência podem ser adquiridos na Ticketline e no Tivoli, havendo um desconto de 80% para professores e estudantes.
Em Setembro, a coincidir com o final da exposição, será editado um livro e apresentado um novo documentário, o último de quatro em parceria com a RTP2.
Lusa/DI