Arquitecto Carrilho da Graça e Alexandre Chemetoff vencem concurso para requalificar museu e zona verde em Nice
O arquitecto português João Luís Carrilho da Graça e o paisagista e urbanista francês Alexandre Chemetoff venceram um concurso de requalificação de um museu e parque urbano de Nice, em França, cujas obras deverão começar em 2023.
A notícia foi avançada hoje pelo jornal Público e, no final de janeiro, pela plataforma 'online' francesa de obras públicas e edifícios TPBM, segundo a qual o projecto envolve a criação de oito hectares de espaços verdes suplementares na cidade, para ficar concluído em 2025.
O projecto vencedor irá requalificar o Museu de Arte Moderna e de Arte Contemporânea (MAMAC) e do parque urbano de Nice, cidade que entrou no ano passado para a lista de Património Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).
De acordo com o TPBM, o projecto, cujo investimento ronda os 75 milhões de euros, será continuado pela dupla de arquitectos nesta segunda fase, depois de a primeira, concebida pelo paisagista Michel Péna, ter sido concluída em 2013.
Carrilho da Graça e Alexandre Chemetoff irão, nesta fase, requalificar o MAMAC, para ampliar o seu espaço expositivo e renovar a Biblioteca Louis Nucéra, e criar uma estrutura de recolha de água da chuva para utilização no sistema de rega dos jardins, seguindo as indicações do concurso lançado pela autarquia.
Carrilho da Graça licenciou-se na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, em 1977 (actual Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa), ano em que iniciou a sua actividade profissional.
Foi por várias vezes nomeado para o prémio europeu de arquitetura Mies van der Rohe (1990, 1992, 1994, 1996, 2009, 2011, 2013, 2019), e distinguido com o Prémio Valmor pelo Pavilhão do Conhecimento dos Mares (1998) e pela Escola Superior de Música (2008).
Ao conjunto da sua obra foram atribuídos diversos prémios, nomeadamente o da Associação Internacional dos Críticos de Arte (AICA), em 1992, a Ordem de Mérito da República Portuguesa (1999), o título de Chevalier des Arts et des Lettres da República Francesa (2010) e a Medalha da Academia da Arquitectura de França (2012).