CONSTRUÍMOS
NOTÍCIA
Habitação by century 21

Crédito Habitação - Doutor Finanças

Amortizar o crédito habitação?

18 de agosto de 2022

Será este o momento certo para amortizar o crédito habitação? O Doutor Finanças indica que, no caso de termos capitais próprios, e no cenário de a amortização do nosso crédito habitação não colocar o nosso orçamento familiar em risco, essa opção pode ser muito vantajosa, uma vez que, neste momento, os juros dos depósitos a prazo não estão a acompanhar a subida das taxas Euribor, nem o valor da inflação em Portugal.

"Com a subida da Euribor, muitos portugueses começam a questionar-se quais as opções para reduzirem o impacto do aumento dos juros. O momento que vivemos é ideal para olharmos para o nosso orçamento familiar, repensarmos as nossas finanças e percebermos se podemos rever o nosso crédito habitação com o objetivo de diminuir as despesas mensais que temos com o mesmo. Apesar de poucas pessoas ponderarem esta hipótese, a amortização do crédito habitação é uma das soluções disponíveis”, salienta Rui Bairrada, CEO do Doutor Finanças.

Desta forma, se temos o nosso dinheiro investido num depósito a prazo ou numa conta poupança, este está a desvalorizar, uma vez que os juros pagos são inferiores à taxa de inflação. Por outro lado, com o aumento dos preços dos bens e serviços, o nosso poder de compra está a diminuir, se o rendimento não acompanhar esta evolução.

Tendo por base este cenário, ao amortizarmos o nosso crédito habitação, podemos ganhar uma nova folga financeira, pois não só estamos a reduzir o montante total que pagamos de juros, como a nossa prestação mensal ficará mais baixa. E isto proporciona uma optimização no nosso orçamento mensal, ao mesmo tempo que reduzimos o custo total do empréstimo. Contudo, é necessário ter em atenção que o reembolso antecipado do nosso crédito implica o pagamento de uma comissão. A comissão por reembolso antecipado de um crédito é cobrada numa amortização parcial ou total de um empréstimo. No entanto, por lei, os bancos não podem cobrar uma taxa superior a:

  • 0,5% do capital reembolsado: quando o crédito habitação está associado a uma taxa de juro variável.
  • 2% do capital reembolsado: nos contratos associados a uma taxa de juro fixa.

Embora estes sejam os limites máximos, o banco cobrará a comissão por reembolso antecipado estipulada no contrato de crédito habitação. Assim, devemos olhar para o contrato e fazer contas ao valor que teremos de pagar antes de tomar uma decisão.

Ao decidirmos amortizar o nosso empréstimo habitação, poupamos de várias formas: no imediato, reduzindo o valor da prestação, e no longo prazo, porque vamos pagar menos juros. Ou seja, vamos reduzir o custo efetivo do crédito.

Para percebermos o impacto para a nossa situação, podemos recorrer ao simulador da prestação de crédito após amortização antecipada do Doutor Finanças. Desta forma, ficaremos com uma ideia do valor mensal que vamos pagar ao banco após amortizar o nosso crédito.

Para facilitar a percepção, o especialista apresenta um exemplo concreto: Imaginando que temos um crédito habitação com capital em dívida de 120.000 euros, e que ainda falta pagar 360 prestações. Se tivermos um crédito com uma taxa Euribor a 6 meses e estamos com uma TAN (Euribor mais spread) de 1,7%, ao amortizarmos o empréstimo com 20.000 euros, a nossa prestação mensal passa de 425,76 euros para 354,80 euros. Ou seja, mensalmente pouparíamos 70,96 euros, sendo que anualmente esta poupança teria grandes implicações no nosso orçamento.

Esta redução da prestação parte do pressuposto que não alteramos mais nada no contrato de crédito. Dependendo da nossa disponibilidade financeira, em vez de reduzirmos a prestação, podemos optar por reduzir o prazo do contrato, mantendo a prestação mensal semelhante à atual, mas reduzindo o tempo de vida do contrato. Assim, vamos poupar de forma significativa: pagamos menos juros porque reduzimos o capital em dívida e vamos terminar o contrato mais cedo do que o esperado, o que também reduz o valor de juros a pagar ao longo do contrato.

Antes de tomarmos decisões, o Doutor Finanças recomenda fazer contas e aproveitar todos os momentos, mesmo os que parecem mais desafiantes, para analisar e tomar as decisões mais acertadas no que à gestão do nosso dinheiro diz respeito. E se precisarmos de ajuda, o especialista dá este apoio, sem cobrar qualquer custo aos clientes pelo serviço prestado.