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Vendas de luxo batem recordes em ano de pandemia

5 de fevereiro de 2021

Em 2020, a leiloeira inglesa Christie’s registou um aumento global em leilões de luxo online, com um acréscimo de 82% no número de transacções. Quanto ao mercado imobiliário premium português, a Porta da Frente Christie’s, o número total de vendas rondou os 200 negócios.

O mais recente relatório de compras de luxo da Christie’s – a casa de leilões mais antiga e prestigiada do mundo –, relativo a 2020, dá conta de um aumento significativo não apenas do número de vendas efectuadas, mas também nos próprios valores das transacções realizadas.

Comparativamente com dados de 2019, a Christie’s registou um aumento de 41% nos lotes de luxo vendidos em leilões online, verificando-se também uma subida de 82% quanto ao número de vendas de luxo transaccionadas online pela leiloeira e um aumento de 205% no valor das mesmas.

Ainda quanto aos leilões online, assinalou-se um aumento na participação global neste formato, que atraiu licitantes de mais nacionalidades, e onde foram vendidos 53 lotes por mais de um milhão de dólares. O relatório mostra ainda que novos máximos foram atingidos nas vendas de luxo online com 136 recordes estabelecidos em várias categorias.

Mais especificamente, os leilões online de joias atingiram o seu máximo histórico com um aumento de 143% no número total de vendas. Durante um leilão da casa inglesa, em Junho do ano transacto, foi estabelecido o recorde de valor de uma joia vendida em leilão online, com um diamante de 28,86 quilates por 2,115,000 dólares. Já o lote Christie's Jewels foi vendido em Hong Kong, em julho, por 15,870,815 dólares.

“Num ano em que a grande maioria das nossas vendas não puderam ser realizadas presencialmente, rapidamente alargámos a nossa actuação para o online, onde já marcávamos presença nos últimos dez anos. No total, foram realizadas 40 vendas de luxo online (+82% que em 2019)”, afirmou Aline Sylla-Walbaum, directora geral global da Christie’s.

Imobiliário de luxo em Portugal

Remetendo-nos ao mercado imobiliário premium português, em 2020, na Porta da Frente Christie’s, o número total de vendas rondou os 200 negócios, que foram fechados com mais de 20 nacionalidades diferentes, apesar de todas as restrições nas viagens, sendo os principais clientes de origem portuguesa, brasileira, francesa e inglesa. A principal plataforma para veicular estes negócios foi o online. 

Nesse sentido, a Porta da Frente Christie’s actua presentemente via presencial ou digital, sempre de forma personalizada e com os cuidados necessários, a pensar no bem-estar e segurança dos clientes e colaboradores.

Quanto aos negócios de maior valor concretizados em 2020, foram fechadas algumas vendas entre os quatro e sete milhões de euros, em Lisboa e Cascais, e foi vendido um imóvel nesta última zona acima dos 15.000.000 euros. Analisando o primeiro semestre de 2020 em termos gerais, houve um ligeiro aumento do preço médio de aquisição nos três escritórios (Lisboa, Cascais e Oeiras), situando-se um pouco acima de 1.000.000 euros. Já no período do primeiro confinamento, ou seja, a partir de 15 de Março, embora com um volume de negócios mais baixo, o preço médio de compra foi ainda mais alto, rondando os 1.300.000 euros.

De acordo com a consultora, a pandemia veio reforçar a importância central da casa, o que levou à procura de imóveis maiores, que beneficiem de espaços exteriores privativos, onde se possa aproveitar um modo de vida distinto, com tranquilidade, privacidade e espaço. Esta foi, de resto, uma tendência também apontada pela conferência anual da Christie’s International Real Estate, o que comprova a sua força global. Além disso, a procura continua a ser elevada nas localizações de Lisboa, Cascais e Oeiras, mas tem havido um ligeiro aumento de interessados em algumas regiões próximas a estes centros urbanos, como Malveira da Serra, Azóia, Tróia e Azeitão, que oferecem muita tranquilidade e privacidade, em casas maiores (muitas delas moradias) e com bastante espaço exterior.

Também a área do arrendamento continuou a prosperar mesmo em ano de pandemia, tendo sido consumados cerca de 250 negócios. De referir que também neste segmento se fez notar a tendência de aumento da procura de imóveis com áreas mais generosas e com espaços exteriores.

“Esta é a prova que, apesar da fase mais desafiante da economia, o mercado continua vivo e os negócios continuam a realizar-se ativamente, sendo neste momento o formato online um meio privilegiado e até preferido por muitos compradores, pois é prático, moderno e não tem fronteiras. Conclui-se também que os bons investimentos continuam a ser apetecíveis, como é o caso dos imóveis, que continuam em alta e a serem bens atractivos para os portugueses, estrangeiros e investidores, tendo mesmo sido apelidados de imunes à pandemia”, afirma Rafael Ascenso, Director Geral da Porta da Frente Christie’s.