Leilão de energia para barragens arranca hoje
O terceiro leilão de energia solar, desta vez para a instalação de centrais fotovoltaicas em albufeiras, arranca hoje e prevê atribuir um total de 362,5 megawatts (MW) em sete barragens.
O Ministro do Ambiente e da Acção Climática, João Pedro Matos Fernandes, preside hoje à sessão pública de apresentação do novo leilão de capacidade solar flutuante em Portugal.
O governante, em entrevista ao Jornal Económico, adiantou que o concurso prevê atribuir um total de 362,5 MW em sete albufeiras: Alqueva (200 MW), Castelo de Bode (50 MW), Alto Rabagão (41,7 MW), Cabril (33,3 MW), Vilar Tabuaço (16,7 MW), Paradela (12,5 MW) e Salamonde (8,3 MW).
A proposta de lei das Grandes Opções para 2021-2025, conhecida em abril, previa o lançamento de um novo leilão solar para espelhos de água nos aproveitamentos hídricos.
Segundo o ministro, este leilão tem “duas diferenças” em relação aos dois anteriores promovidos pelo Governo, em 2019 e em 2020, sendo “óbvia” a primeira delas, porque os parques solares “vão ser na água, não vão ser em terra”.
“A segunda diferença é que este é um leilão em que nós vamos, ao contrário de todos os outros, não só leiloar o acesso à rede, mas o sítio exacto onde vai ficar a produção solar”, indicou.
Isto porque, no caso das albufeiras, estas “são de uso público” e é necessário “garantir toda a compatibilização dos outros usos que existem” nessas mesmas barragens que vierem a ser escolhidas, como “o abastecimento de água, o turismo” ou mesmo o acesso à água por parte dos meios aéreos de combate aos incêndios.