Prémio Nuno Teotónio Pereira Reabilitação Urbana
Projectos de reabilitação em Vila Nova de Gaia, Torres Vedras e Évora vencem prémios IHRU, a partir de agora designados Prémios Nuno Teotónio Pereira.
A ideia de atribuir o nome de Nuno Teotónio Pereira aos prémios IRHU partiu de uma proposta do Arquitecto João Luís Carrilho da Graça, que este ano presidiu ao júri do Concurso. A sugestão foi prontamente aceite pela direcção do IRHU, dado a importância da obra e do pensamento do falecido arquitecto na obra de reabilitação social ao longo de décadas, “um lutador pela habitação para o maior número”. Luísa Teotónio Pereira, na intervenção de agradecimento que proferiu em nome da família diria mesmo: “Este Prémio é a cara do meu pai”.
Na cerimónia de entrega dos galardões do Prémio IHRU 2016 foi prestada homenagem a Nuno Teotónio Pereira, com a presença de familiares do arquitecto, assim como do secretário de Estado Adjunto e do Ambiente, José Mendes.
Para o presidente do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, transformar o Prémio IHRU em Prémio Nuno Teotónio Pereira é permitir que o arquitecto seja “uma referência duradoura” nesta área.
“A sua vasta obra deixada assume um papel de grande relevância para o sector da habitação e de referência para as novas gerações”, sublinhou Vítor Reis.
Já o secretário de Estado Adjunto e do Ambiente, José Mendes, enalteceu “a justa homenagem” feita a Nuno Teotónio Pereira, defendendo que “um prémio antigo ganha agora uma nova vida”.
Os vencedores
No âmbito da entrega dos galardões do Prémio Nuno Teotónio Pereira, que decorreu no Teatro Thalia, em Lisboa, o presidente do IHRU, Vítor Reis, sublinhou que o Prémio IHRU é “o mais antigo a nível nacional” na área do imobiliário, distinguindo as melhores intervenções ao nível da reabilitação urbana.
Reabilitação do Conjunto Urbano
A requalificação dos edifícios de Vila D’Este, em Vila Nova de Gaia, venceu o Prémio Nuno Teotónio Pereira 2016 na categoria “Reabilitação do Conjunto Urbano”, tendo o júri, nesta vertente, atribuído também uma menção honrosa ao projecto de requalificação dos edifícios do Bairro do Lagarteiro (10 a 13), na freguesia de Campanhã, no Porto.
Reabilitação ou Requalificação de Espaço Público
Na categoria “Reabilitação ou Requalificação de Espaço Público”, o galardão foi atribuído à cidade de Torres Vedras com os projectos de intervenção Polis e de requalificação urbana e ambiental do Choupal e Ermida, Margens do Rio Sizandro entre pontes Pátio Alfazema, Torres Vedras.
Prémio Reabilitação de Edifício: Igreja e Convento de S. Francisco, em Évora. Uma reabilitação notável
Já na vertente “Reabilitação de Edifício”, o projecto vencedor foi a recuperação e requalificação da Igreja e Convento de S. Francisco.
Além do projecto de Évora, houve duas distinções de Prémio Especial Júri para a requalificação do Museu Municipal Abade Pedrosa e a construção da Sede do Museu Internacional de Escultura Contemporânea, em Santo Tirso, e para a recuperação de uma habitação para turismo no espaço rural Herdade do Carvalho, Nossa Senhora da Vila, em Montemor-o-Novo.
Ainda na categoria “Reabilitação de Edifício”, o júri atribuiu duas menções honrosas aos projectos da Casa do Pinheiro Manso e da Casa Belos Ares - Reabilitação de Unidade Familiar, ambos na freguesia de Ramalde, no Porto.
Área de Reabilitação Urbana
Na vertente de “Área de Reabilitação Urbana”, o júri não elegeu vencedor, mas atribuiu duas menções honrosas à freguesia de Minde, em Alcanena (Santarém), e ao centro urbano de Condeixa-a-Nova (Coimbra).
Segundo o presidente do IHRU, verificou-se “um aumento significativo de participantes” nesta edição, num total de 52 candidaturas (Reabilitação de edifício (34); Reabilitação de conjunto urbano (5); Reabilitação ou requalificação de espaço público (6); e Área de Reabilitação Urbana (7) ), dez das quais foram distinguidas pelo júri (cinco prémios e cinco menções honrosas), o que considerou ser “algo de verdadeiramente extraordinário”.