Ad quadratum arquitectos projecta o novo Largo das Carvalhas em Mangualde
Um espaço nobre, central e significante para a cidade, indutor da vivência e dinâmicas urbanas, nas valências sociais e económicas. É assim que está a ficar o Largo das Carvalhas, em Mangualde.
Com projecto do gabinete de arquitetura ad quadratum arquitectos, a requalificação do Largo das Carvalhas é uma aposta na melhoria das condições para os seus habitantes e para quem visita o centro urbano. "A intervenção prossegue com rigor e respeito por um desenho urbano cuidado em contexto de cidade histórica. A proposta tem como objetivo principal a beneficiação e qualificação de um dos mais emblemáticos e significantes espaços públicos de Mangualde, numa perspectiva de verdadeiro usufruto público, em condições de segurança, conforto, usabilidade e acessibilidade por todos", refere o arquiteto José António Lopes.
O projecto em curso dotará a cidade de condições para uma utilização que enquadre diversas valências, nomeadamente pela regulação do parqueamento automóvel, possibilidade de acolher a montagem de exposições e feiras urbanas e enquadrar equipamentos de lazer e usufruto de todos, constituindo-se também como uma "sala de visitas" dos grandes eventos de que o município é palco. "A configuração de um espaço central com o protagonismo urbano que este assume, obriga à conceção de soluções que potenciem uma grande variedade de valências dos seus usos", salienta o arquitecto, considerando que "as particularidades urbanísticas, arquitectónicas, patrimoniais, históricas e socioculturais, estão no centro da atenção de uma estratégia para a intervenção".
"É importante reiterar a ideia de que o centro histórico, sempre encarado como urbe histórica, não é nunca uma unidade estanque e, nesse sentido, as relações de reciprocidade entre as diferentes partes do centro urbano, na sua riqueza e complexidade, são da mais alta importância para a configuração de dinâmicas da regeneração urbana. Estas articulações relacionais devem originar e assegurar fluxos significativos de pessoas, de troca de bens e serviços, de dinâmicas financeiras e atividade urbana, podendo-se assim otimizar e tornar sustentável a operação de equipamentos comuns, infraestruturas, vias e demais espaços públicos", salienta José António Lopes, gabinete de arquitetura ad quadratum arquitectos.
De realçar ainda que as principais vias confinantes deste espaço público, designadamente a Avenida 25 de Abril (entre a R. da Saudade e a R. Ana Castro Osório), a Calçada do Viriato (na frente do Edifício da Junta de Freguesia) e a Calçada da Carvalha (a Sul), são também beneficiadas com alargamento e repavimentação de passeios, conformação de espaços de aparcamento e reservados a cargas e descargas. Na Av. 25 de Abril propõe-se a regulação do estacionamento de viaturas, criando-se 16 lugares de estacionamento e duas zonas de cargas/descargas na proximidade dos estabelecimentos de comércio e restauração.
O projecto
No que respeita ainda ao estacionamento na área de intervenção, importa referir a dotação de quatro lugares de aparcamento automóvel, para veículos portadores de pessoas com mobilidade condicionada.
Em toda a área da intervenção serão disponibilizados três pontos de recolha de resíduos múltiplos (RS e RSU) e um ponto de RSU junto aos espaços de restauração.
A proposta prevê ainda a implantação de um edifício de apoio técnico e sanitário com o propósito de assegurar as funções de sanitário público diferenciado por géneros e dotado de uma instalação adaptada a cidadãos com mobilidade condicionada. O espaço junto a este edifício será dotado de um lugar de aparcamento de veículos prioritários ou de emergência.
Também o espaço polidesportivo informal foi redesenhado e beneficiado na sua polivalência em novo local, nomeadamente nas imediações da R. Ana de Castro Osório. Com esta intervenção ficará dotado de melhores equipamentos de apoio às práticas, pavimento adequado e espaço para a assistência.
O Largo das Carvalhas, concretamente junto da antiga escola (edifício das associações), acolherá ainda um parque infantil, dotado de equipamentos lúdicos, pavimento de segurança e demais complementos legalmente exigíveis, bem como um espaço de lazer e atividades físicas intergeracionais, vulgarmente designado por “avós e netos”, dotado de zonas de descanso e equipamentos de apoio ao exercício físico.
"O estado e condição fitossanitário de todo este conjunto indicou focos de patologias e deformações graves, muitas vezes provocadas por podas mal executadas, carecendo, assim, todos os espécimes de uma oportuna e detalhada avaliação fitossanitária", refere José António Lopes.
Após uma profunda análise à condição fitossanitária, assente na preocupação e respeito pela natureza, considerou-se que deveriam ser abatidas algumas árvores: o número total de árvores existentes era de 42, resultando na proposta a preservação de 33 dessas e plantadas duas novas.