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Portugal:  Os grandes negócios imobiliários de 2016

 

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Portugal:  Os grandes negócios imobiliários de 2016

 

Portugal: Os grandes negócios imobiliários de 2016

21 de novembro de 2016

O investimento imobiliário esteve particularmente dinâmico em 2016, mas os grandes negócios foram realizados por fundos e investidores estrangeiros.

Depois tempos de recessão, o ano de 2015 foi de viragem e verificou-se um volume de negócios superior a 2 mil milhões de euros. O ano de 2016 para o mercado imobiliário tem sido de consolidação do crescimento verificado em 2015. Depois de anos de queda devido a uma das maiores crises que assolou o setor, os últimos dois anos têm sido de expansão e de alívio, principalmente para as consultoras imobiliárias. Este optimismo deve-se à entrada em força de investimento estrangeiro em Portugal. O nosso país tornou-se um destino seguro e atractivo para empresas e fundos internacionais.  Todos os relatórios divulgados pelas consultoras financeiras e imobiliárias internacionais o afirmam

O Jornal Económico, na sua última edição, procurou saber junto das principais consultoras imobiliárias de Portugal quais os grandes negócios que se realizaram em 2016.

A Cushman & Wakefield ao longo dos primeiros nove meses do ano esteve envolvida em operações que representaram 47% do volume de investimento transacionado em Portugal.

Entre os vários negócios realizados, destaca-se a maior transacção de todos os tempos no segmento de escritórios em Portugal: a venda a um investidor estrangeiro do Campus de Justiça de Lisboa, no Parque das Nações, por um valor que ultrapassou os 200 milhões de euros. Também no segmento de escritórios, esteve envolvida na operação das emblemáticas Torres de Lisboa, tendo representado a Lone Star na venda da Torre A por cerca de 40 milhões de euros à SOCIMI espanhola Merlin Properties. Na Avenida José Malhoa, participou na que foi a segunda maior aquisição de escritórios do ano por parte de investidores nacionais, ao assessorar o Millennium BCP na venda do Malhoa 27 aos portugueses da Square Asset Management.

 A dinâmica de mercado da Cushman & Wakefield no sector de retalho é também evidenciada pela sua participação em 45% dos negócios de investimento de retalho do ano, dos quais destacam a venda de dois centros comerciais, o AlgarveShopping e Estação Viana, à CBRE GIP. (A CBRE Global Investment Partners - GIP e a Sonae Sierra estabeleceram uma parceria estratégica para adquirir e gerir os principais centros comerciais da Península Ibérica, em Junho deste ano. A parceria nasceu com a aquisição de três centros comerciais regionais em Portugal e Espanha, anteriormente detidos pelo Fundo Sierra. Nos termos do acordo, a CBRE GIP assumiu uma posição maioritária nos Centros, ficando a Sonae Sierra com uma participação minoritária e o parceiro responsável pela sua gestão operacional e pela gestão dos referidos Centros Comerciais). 

No comércio de rua, a C&W destaca ainda a participação no maior negócio deste segmento, a venda a um investidor institucional de duas lojas localizadas na Avenida da Liberdade.

Já a consultora Worx destaca entre os seus maiores negócios do ano, a mudança da Manpower para as Torres de Lisboa, com uma área total com cerca de 8.000 m2. Refere ainda a venda do emblemático edifício Braz & Braz, no centro de Lisboa, a um investidor nacional, bem como a transacção, a um fundo internacional, de um portfólio logístico de 70 milhões de euros, composto por nove activos totalizando 190 000 m2.

Outros negócios que a Worx destaca este ano dizem respeito à assessoria a um investidor internacional na aquisição do portfólio de uma das maiores companhias seguradoras nacionais, assim como a representação internacional de um investidor na venda de um hotel, com 70 quartos, no centro de Lisboa.

No total destes negócios estiveram envolvidos 200 milhões de euros. Pedro Rutkowski, CEO da Worx, considera que “este é o resultado da estratégia One Stop Advisor - a actuação integrada entre todos os departamentos - aliada a uma vasta experiência e conhecimento do mercado”.

Já a consultora JLL destaca três grandes negócios realizados este ano. A venda do Edifício Liberdade 136, com cerca de 2.000 m2 repartidos entre escritórios e retalho, na avenida da Liberdade, Lisboa, onde a Mogno Capital vendeu à Prowinko Portugal,AS.

Outro grande negócio realizado pela consultora foi a transacção do Edifício Sede da NOS, detido pela Multi Corporation e vendido ao Fundo de investimento asiático. Construído em 2012 para acolher a sede da NOS, totaliza 11.321 m2 de escritórios, no Campo Grande, Lisboa. A venda do Coimbra Retail Park, da Aberdeen à Square Asset Management, foi outro dos grandes negócios da consultora.

 

Interesses em alta

Fernando Ferreira, Head of Capital Markets JLL, referiu à jornalista do Jornal Económico, que “pese o tema do Brexit e a incerteza do rating de Portugal, o interesse dos investidores manteve-se em alta ao longo do ano, tendo sido obviamente mais incisivo nos activos Core. Em relação aos activos de segunda linha, notamos que existe algum desfasamento entre as expectativas de preço dos vendedores e o preço oferecido pelos compradores, tendo isso inviabilizado algumas transacções”. O responsável adianta ainda que preveem que os volumes de investimento transacionados no final do ano sejam inferiores aos do ano passado, no entanto, em linha (ou mesmo acima) do segundo melhor ano de sempre em Portugal. “Quanto ao próximo ano, estamos optimistas em relação aos fluxos de investimento, sendo de prever que fique marcado por um conjunto de transacções de Portfólios com dimensões significativas”, admite.

 

Aumento do outsourcing e serviços partilhados

Ouvido pelo Jornal Económico, Francisco Horta e Costa, director geral da CBRE Portugal, referiu que 2016 foi mais um ano muito dinâmico no investimento imobiliário em Portugal, quer em imóveis de rendimento quer na reabilitação urbana em Lisboa e Porto. “Esta actividade – acrescentou - tem-se sentido de forma transversal aos vários sectores do imobiliário. Nos últimos três a quatro anos surgiram no mercado um conjunto de ocupantes da área de outsourcing e serviços partilhados, que estão a aumentar a sua presença conferindo ao mercado de escritórios um novo paradigma e que não está concentrado apenas em Lisboa”, adianta.

A CBRE destaca cinco grandes negócios este ano. A venda do maior fundo de investimento imobiliário nacional detentor de, provavelmente, o melhor portefólio de imóveis para reabilitar em Lisboa, a um investidor institucional europeu. Vendeu também pela segunda vez o Monumental, um edifício emblemático no centro da cidade de Lisboa. O edifício foi vendido à SOCIMI espanhola Merlin.

A CBRE assessorou ainda a venda da Plataforma Logística da Decathlon em Setúbal, numa operação de Sale&Leaseback, a um fundo de investimento internacional especializado em logística. Realizou igualmente um tenant rep para a Global Media, apoiando este grupo na procura e identificação da melhor solução imobiliária para a concentração das actividades em Lisboa num só edifício, na Torre E, nas Torres de Lisboa. Foi responsável também pela venda do Duque D’Ávila 46 a um fundo de investimento gerido pela Finsolutia, em representação do BBVA.

Já a consultora Aguirre Newman foi responsável pela concretização da mais importante operação de arrendamento de escritórios este ano, trata-se do negócio realizado com a ManpowerGroup Portugal, desta vez nas Torres de Lisboa, passando a ocupar 8.000m². Nesta operação a Worx  representou o proprietário das Torres de Lisboa e a Aguirre Newman identificou a procura ManpowerGroup Portugal. A consultora colocou ainda a empresa de origem francesa Technip, num piso e meio da Torre E das Torres de Lisboa, ocupando assim 1.400 m².