

Plano de Pormenor do Cais do Ginjal em discussão pública
O Plano de Pormenor do Cais do Ginjal, em Almada, que prevê a requalificação de uma área de oito hectares com uma frente ribeirinha de mil metros, está em discussão pública até Janeiro de 2018, anunciou hoje a autarquia.
A revitalização do cais do Ginjal, preservando a memória da actividade industrial daquela zona ribeirinha fortemente condicionada pela morfologia do terreno envolvente e pela precariedade dos acessos, é o principal objectivo do Plano de Pormenor, que pretende valorizar e revitalizar aquela zona do concelho com uma vista privilegiada sobre Lisboa.
O presidente da Câmara de Almada, Joaquim Judas, está convicto de que o interesse cada vez maior por Lisboa, por parte de turistas estrangeiros, e o conceito de que Lisboa é cada vez mais uma cidade com duas margens, constituem "uma oportunidade de valorizar o cais do Ginjal", que, apesar do estado de abandono em que se encontra, continua a suscitar o interesse de milhares de pessoas.
"Temos de aproveitar os bons momentos da atractividade de Lisboa", disse, em conferência de imprensa, o presidente da Câmara de Almada, Joaquim Judas.
O autarca acrescentou que a Câmara de Almada também gostaria de ver avançar aos projectos de requalificação dos terrenos da Margueira e lembrou o "compromisso do Governo de que, até final deste mês, irá aprovar o decreto-lei sobre a propriedade e o cadastro dos terrenos [dos antigos estaleiros da Lisnave]".
O Plano de Pormenor do cais do Ginjal prevê a construção de um total de 330 novos fogos, bem como a construção de um silo automóvel.
Esta nova infraestrutura, que terá capacidade de estacionamento para cerca de 500 veículos, vai ainda proporcionar uma nova ligação entre a cota baixa do rio (cais do Ginjal) e a cota alta da cidade, junto à Quinta do Almaraz, zona que também dispõe de uma vista privilegiada sobre a cidade de Lisboa.
Uma nota de imprensa da Câmara de Almada refere que "a área de intervenção do Plano de Pormenor do Cais do Ginjal desenvolve-se em articulação com o Plano de Pormenor da Quinta do Almaraz (em elaboração), com o Plano de Urbanização de Almada Nascente - Cidade da Água e com o Plano de Pormenor de Reabilitação Urbana e Funcional de Cacilhas, ambos aprovados e publicados".
A Câmara Municipal de Almada não se compromete com qualquer prazo para a concretização das obras previstas no Plano de Pormenor do Cais do Ginjal, alegando que a realização das obras depende sempre do interesse dos proprietários.
De acordo com a autarquia, o território abrangido pelo Plano de Pormenor do Cais o Ginjal pertence ao grupo madeirense AFA, que, entre outras áreas de negócio, aposta no sector da construção civil e na comercialização de imóveis.