


Peniche: Museu da Resistência pólo de um roteiro cultural
A Câmara de Peniche quer que o Museu Nacional da Resistência e da Liberdade, que vai surgir na Fortaleza de Peniche, seja uma âncora para a criação de um roteiro cultural do município, disse hoje o seu presidente.
O autarca independente Henrique Bertino afirmou o município do distrito de Leiria “tem garantido” pelo Ministério da Cultura um espaço na Fortaleza de Peniche, que a câmara vai usar como “montra do que o concelho tem para mostrar, já que o Museu Nacional será um factor de atracção de mais pessoas” à cidade e ao concelho.
O Museu Nacional da Resistência e da Liberdade é considerado pela autarquia como o “ponto de partida para se criar um roteiro pelo património cultural”.
O investimento na recuperação da fortaleza e da respectiva muralha e de instalação do Museu Nacional da Resistência e Liberdade está estimado em 3,5 milhões de euros.
A Fortaleza de Peniche está encerrada ao público desde meados de Novembro de 2017.
Em 2018, o arquitecto João Barros Matos foi seleccionado para elaborar o projecto de arquitectura para o Museu Nacional da Resistência e Liberdade, enquanto o guia de conteúdos, composto por 11 núcleos foi elaborado pela Comissão de Instalação dos Conteúdos e da Apresentação Museológica.
Em Abril de 2017, o Governo aprovou em Conselho de Ministros um plano de recuperação da Fortaleza de Peniche para instalar um museu nacional dedicado à luta pela liberdade e pela democracia, na antiga prisão da ditadura do Estado Novo destinada a presos políticos.
Em Setembro de 2016, a Fortaleza de Peniche foi integrada pelo Governo na lista de monumentos históricos a concessionar a privados, no âmbito do programa Revive, mas passados dois meses foi retirada, pela polémica suscitada.
Em Abril de 2017, a Assembleia da República defendeu em plenário, da esquerda à direita, a requalificação e a preservação da sua memória histórica enquanto ex-prisão política da ditadura.
A fortaleza, classificada como Monumento Nacional desde 1938, foi uma das prisões do Estado Novo de onde se conseguiu evadir, entre outros, o histórico secretário-geral do PCP Álvaro Cunhal, em 1960, protagonizando um dos episódios mais marcantes do combate ao regime ditatorial.
Lusa/DI