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Organizações querem medidas que contrariem saída de população das cidades e zonas rurais

26 de abril de 2021

Mais de quarenta organizações da sociedade civil elaboraram uma carta aberta pelo “Direito ao Lugar”, na qual propõem um conjunto de medidas que contrariem o esvaziamento da população residente nos centros urbanos e nas zonas rurais.

“Temos assistido a uma perda significativa da população residente em zonas rurais e nos centros das grandes cidades. Este esvaziamento de população residente, que vai adensar as grandes concentrações urbanas e expandir as periferias das grandes cidades, corresponde, em muitos casos, à perda do direito ao lugar e a um aumento das desigualdades”, consideram as 42 entidades que subscreveram o documento.

Na carta aberta são identificadas as razões que “forçam as pessoas a prescindir de viver em lugares com que se identificam, a que se sentem ligadas e a que sentem que pertencem, e apontam uma série de potenciais soluções para estes problemas”.

 

Quantas pessoas...?

“Quantas pessoas habitavam os centros das grandes cidades e foram empurradas para as periferias, à medida que os custos com a habitação se tornaram incomportáveis? Quantas pessoas habitavam as zonas rurais e foram forçadas a ir para grandes centros urbanos por não encontrarem oportunidades de emprego e realização profissional?”, questionam.

Estas entidades propõem, assim, medidas como “aumentar o solo urbano municipal para habitação pública”, “limitar o número de apartamentos destinados a Alojamento Local por proprietário” e “aumentar a oferta de habitação de renda controlada”.

Defendem também a adopção de medidas para a criação de mais espaços públicos e acessíveis a todos, assim como para “tornar os transportes públicos tendencialmente gratuitos”.

No caso das áreas rurais em despovoamento, propõem medidas nas áreas da economia e emprego, dos serviços de interesse geral e políticas que tornem estas áreas mais atractivas.

As 42 organizações subscritoras da carta aberta vão promover um debate público em torno destes temas, estando o primeiro agendado para quarta-feira, às 16:00.

O documento, aberto a subscrições de pessoas colectivas e individuais pode ser subscrito no link: https://cutt.ly/jv79ob6

Lusa/DI