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Mercado logístico português em expansão

3 de março de 2020

Mercado logístico português seguiu a tendência do período homólogo, com o foco na expansão e modernização das plataformas existentes e na construção de novas instalações, uma aposta para o futuro.

De acordo com o último relatório da consultora imobiliária Worx, a manutenção da procura de equipamentos que proporcionem a junção de escritórios e armazéns, bem como as exigências de modernização e versatilidade, têm feito com que as rendas prime das zonas de Lisboa tenham apresentado uma estabilização genérica comparativamente com o período homólogo, sendo que apenas as zonas 1 (Carregado Azambuja) e 7 (Eixo Palmela – Setúbal) apresentam ligeiros aumentos.

A consultora avança que o crescente aumento do comércio online tem trazido uma série de novas exigências e adaptações das plataformas logísticas para fazer face às exigências de um serviço mais eficiente e capaz de responder de forma célere aos consumidores. A rapidez e personalização no atendimento são critérios requeridos pelos consumidores que, com a vasta oferta que dispõem, rapidamente encontrarão alternativas. A economia digital, ou e-commerce, tem vindo a ganhar peso na economia portuguesa com um crescimento variável de 9,73% no volume de receitas geradas.

A taxa de penetração da internet está nos 75% sendo que a maior parte das transacções via e-commerce são provenientes da China, Espanha e Reino Unido. Segundo um estudo realizado pela IDC, tudo aponta para que em 2022 as receitas da economia digital sejam responsáveis por cerca de 40% do PIB nacional. Assim, para acompanhar este crescimento no comércio electrónico, há que priorizar uma logística eficiente por forma a garantir a sustentabilidade de todo o processo.

"Este incremento da economia digital está essencialmente assente em compras transfronteiriças, sendo por isso espectável que, à semelhança da entrada da Amazon em Espanha, outras empresas internacionais (dedicadas ao e-commerce) escolham localizações estratégicas para se instalarem. Atendendo à excelente localização de Portugal, esta poderá ser usada como plataforma de distribuição de produtos na Europa, até mesmo como last-mile. Verifica-se que as exportações portuguesas assistem a uma subida constante desde 2010", refere o documento.

Apesar disso, a Worx indica que se prevê que a variação homóloga das importações cresça de 4,9% para 5,4%, enquanto que as exportações registem um decréscimo de 3,6% para 2,8%. O resultado é um agravamento do saldo negativo da balança comercial. Prevê-se que no conjunto do ano de 2019 o défice comercial de bens tenha registado um aumento de cerca de 2.843 milhões de euros. Em termos de bens exportados, o “material de transporte” cresceu 18% e “outros” com uma variação de aproximadamente 12%. O “vestuário e calçado” e “minérios e metais” registaram um decréscimo de cerca de 5% e 4%, respectivamente.