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Mercado imobiliário vai acelerar ainda mais – refere estudo da JLL

 

Mercado imobiliário vai acelerar ainda mais – refere estudo da JLL

 

Mercado imobiliário vai acelerar ainda mais – refere estudo da JLL

12 de setembro de 2018

Em 2018, o investimento em imobiliário comercial poderá ascender a 3.000 milhões de euros. A escassez de oferta e procura elevada continuam a pressionar em alta as rendas de escritórios, retalho e habitação. E o interesse internacional no investimento, compra de casas, instalação de empresas e turismo mantém-se robusto.

Estas conclusões podem ser retiradas da mais recente edição do estudo Market 360º referente ao 1º semestre de 2018, elaborado pela JLL. Nele, a consultora realça o “desempenho excepcional do mercado imobiliário neste período, impulsionado pelo crescimento do investimento (+43% para €1.473 milhões transaccionados), pela forte actividade na ocupação de escritórios, de lojas e pela venda de casas”.

"Foi uma primeira metade do ano perfeitamente fantástica para o sector imobiliário português” – refere Pedro Lancastre, director-geral da JLL - “não só devido ao elevado fluxo de operações, mas também porque assistimos a algumas das maiores transacções de sempre no mercado. E mais: isto aconteceu quer em activos de rendimento, como também em activos destinados à promoção imobiliária, para além do ritmo robusto verificado na venda de casas, onde o número de nacionalidades a comprar supera os dois dígitos" – adianta aquele gestor.

"Para o segundo semestre” – prossegue Pedro Lancastre, - “prevemos que o mercado evolua a um ritmo ainda mais forte, tendo em conta os negócios já concretizados, bem como os activos em pipeline que estão em negociação. Só os negócios acompanhados pela JLL ao longo do ano poderão chegar aos €3.000 milhões", acrescenta o director da JLL.

Segundo a consultora imobiliária, “a diversificação dos perfis de risco e a crescente competição pelos activos de rendimento têm dinamizado também a compra de imóveis para promoção imobiliária em Lisboa e Porto, ao mesmo tempo que os portefólios de grande envergadura têm estado sob a atenção das casas de investimento mundiais que têm grandes tickets para investir. Do lado da oferta, também poderá surgir mais negócio por parte da Banca, cuja exposição ao imobiliário é muito elevada e que está a colocar no mercado grandes portefólios, para cumprir com as directrizes Europeias”.

Rendas dos escritórios sobem

Outra tendência detectada pelo estudo aponta para a progressiva subida das rendas nos escritórios, lojas e habitação, devido ao persistente desequilíbrio entre a falta de oferta e a dinâmica da procura. Já no primeiro semestre, adianta o 360º, “este foi o principal motivo para o aumento das rendas prime nos escritórios (em Lisboa está nos €21/m2/mês e no Porto nos €18/m2/mês), uma dinâmica que irá também resultar no decréscimo dos incentivos contratuais. Neste segmento, a falta de oferta deverá ser colmatada no curto e médio-prazo, com um pipeline que soma mais de 560.000 m2 (2019-2022) de novos escritórios em Lisboa e mais de 155.000 m2 no Porto. No comércio de rua, a falta de espaços também continuará a pressionar as rendas em Lisboa (nas zonas prime do Chiado é de €135/m2/mês e na Baixa é €130/m2/mês) e Porto (na rua de Santa Catarina é €70/m2/mês), sendo este um factor de desequilíbrio ainda mais acentuado no mercado residencial, onde a oferta de arrendamento de longo-prazo é bastante incipiente e boa parte do produto não chega sequer a vir para o mercado, com rendas muito elevadas no centro da cidade e que tendem a subir” - conclui o relatório.

Interesse internacional é motor do mercado

O Market 360º destaca ainda a continuação do interesse internacional no imobiliário português como um dos motores do mercado, dado que o país apresenta-se “como um destino consolidado quer para investimento quer para a compra de casa, instalação de empresas e ocupação turística”. No investimento, os estrangeiros representaram 98% do volume transaccionado no 1º semestre e continuam muito motivados a investir em Portugal, dada a elevada liquidez destes players e das suas estratégias de diversificação geográfica. Na habitação, os compradores estrangeiros continuam a dominar as transacções de habitação premium no centro de Lisboa e Porto, concentrando 53% das vendas realizadas pela JLL e agregando 30 nacionalidades. Por outro lado, 47% das vendas residenciais foram feitas a clientes portugueses, confirmando a forte dinâmica do mercado nacional. No segmento de escritórios, factores como qualidade de vida e qualificação de recursos humanos são atributos-chave. “Cidades como Lisboa e Porto – enfatiza o estudo - são cada vez mais cosmopolitas, aliadas a custos de operação muito competitivos quando comparadas com os congéneres Europeus, o que continuará a colocar Portugal nas principais opções para a instalação de empresas de todo o mundo, especialmente para centros de serviços partilhados”.