Loures: Palácio Valflores fica reabilitado em 2021
A Câmara Municipal de Loures, no distrito de Lisboa, informou hoje que a recuperação e restauro do Palácio Valflores possam estar concluídos até 2021, numa obra orçada em cerca de 1,2 milhões de euros.
Construído no século XVI e considerado um exemplo da arquitectura residencial renascentista em Portugal, o Palácio Valflores foi sinalizado em 2015 como um dos 14 monumentos mais ameaçados na Europa, segundo uma lista divulgada pela Europa Nostra, principal organização europeia do património.
Face a esta situação, a autarquia de Loures submeteu em 2016 duas candidaturas a fundos comunitários, que foram aceites e permitem que o Palácio Valflores venha a ser recuperado e restaurado, ao longo de três fases de intervenção, tendo a primeira arrancado há um mês.
Em declarações à Lusa, o vice-presidente da Câmara Municipal de Loures, Paulo Piteira (CDU), destacou a importância de intervir num “monumento que estava em ruínas e em risco de desaparecer para sempre”.
“Neste momento estamos na primeira fase, que permite consolidar a estrutura e impedir o colapso das paredes. Elas só não caíram ainda porque o município instalou uma cobertura sobre o palácio que impede a sua erosão”, explicou o autarca.
Posteriormente, na segunda fase, que deverá ter início no final de 2019, a autarquia pretende intervir na cobertura do edifício, nas janelas e nos vãos e na terceira fase (2020) restaurar os elementos arquitectónicos e tornar o Palácio visitável ao público.
Paulo Piteira adiantou ainda que o município pretende encontrar parcerias que contribuam para a valorização paisagística e cultural deste monumento e para a sua sustentabilidade futura.
Nesse sentido, o autarca referiu que, paralelamente a estes trabalhos, o município tem desenvolvido um conjunto de actividades, nomeadamente visitas e incentivos à divulgação da importância deste palácio em projectos académicos.
Em termos globais, a Câmara de Loures estima que a recuperação total do Palácio de Valflores custe cerca de 1,2 milhões de euros, sendo que 50% deste custo será cofinanciado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).
Imagens cortesia C.M. de Loures e arquitecta Catarina Cruz
