Paris: 350 M€ de vendas no Salão do Imobiliário Português
As expectativas das vendas imobiliárias da 6.ª edição do Salão do Imobiliário e do Turismo Português, que se realizou este fim de semana, em Paris, são de cerca de 350 milhões de euros, de acordo com a organização.
"Em termos de vendas pensamos que, no mínimo, teremos o mesmo número - mas pensamos que é mais – do que no ano passado, em que foram quase 350 milhões de euros de volume de negócios", explicou à Lusa Carlos Vinhas Pereira, presidente da Câmara de Comércio e Indústria Franco-Portuguesa (CCIFP).
A CCIFP realiza o evento desde 2012, no Parque de Exposições da Porta de Versalhes, na capital francesa, e, de acordo com o seu presidente, nas cinco primeiras edições, o volume de vendas imobiliárias alcançou perto de 1400 milhões de euros.
189 expositores e menos afluência de público
Este ano, houve 189 expositores, abaixo dos 200 inicialmente estimados por Carlos Vinhas Pereira, mas "os 5.000 metros quadrados do espaço de exposição estavam completos", precisou o responsável, sublinhando que, além de promotores imobiliários, bancos, conselheiros jurídicos e fiscais, notários e companhias de seguros, houve "19 presidentes de câmara da região Centro" de Portugal.
O número de visitantes também foi revisto em baixa, com 16.108 pessoas a visitarem o salão, um número "ligeiramente inferior ao ano passado", quando 17.255 pessoas foram à feira.
"Houve bastantes eventos desportivos franceses neste fim de semana e também tivemos bastante chuva, o que não ajudou as pessoas a sair de casa. Mas estamos satisfeitos porque mesmo sendo um número ligeiramente inferior - com uma diferença que não chega a mil pessoas - os que vieram já tinham feito os primeiros contactos no ano passado", explicou.
Carlos Vinhas Pereira acrescentou que "85% dos visitantes eram franceses, muitos reformados, e, cada vez mais, pessoas activas que querem ir trabalhar para Portugal", nomeadamente, "casais jovens que querem abrir uma empresa ligada ao turismo ou a tudo o que é produtos franceses".
"Oito por cento das pessoas dizem que querem ir para Portugal para criar uma actividade. Umas querem investir no mercado da saudade, ou seja, abrir uma ‘boulangerie' [padaria], por exemplo. Outras é para o mercado do turismo e para o mercado das altas tecnologias, das ‘startups' [empresas com rápido potencial de crescimento]", continuou o empresário, salientando que a Web Summit deu a Portugal "uma imagem completamente diferente, moderna".
No salão, a CCIFP "continuou um trabalho de comunicação para mostrar que os portugueses também podem beneficiar do estatuto do residente não habitual" e houve emigrantes a visitarem os ‘stands’.
Em setembro, a CCIFP vai organizar, também, um ‘roadshow' do turismo e do imobiliário nas cidades de Bordéus, Nice e Lyon.