Isabel dos Santos abre terceiro hipermercado em Angola
A empresária angolana Isabel dos Santos anunciou hoje que está a ultimar a abertura, em Luanda, do seu terceiro hipermercado da rede "Candando", em fase final de construção em Viana, nos arredores da capital.
O anúncio foi feito por Isabel dos Santos na sua conta no Instagram, uma das redes sociais que tem utilizado para dar conta da sua vida empresarial após a saída do cargo de presidente do conselho de administração da petrolífera estatal angolana Sonangol.
Na publicação que fez hoje, acompanhada de uma fotografia da futura loja "Candando" de Viana, Isabel dos Santos refere que "está quase" a abertura de "mais uma porta" em Luanda.
O grupo português DST anunciou recentemente que está a construir o Power Center Viana, uma galeria comercial com uma superfície total de 13.200 metros quadrados, em que 8.500 metros quadrados serão ocupados por uma loja "Candando".
Desde que foi exonerada da Sonangol pelo chefe de Estado angolano, João Lourenço, a empresária e filha do ex-Presidente José Eduardo dos Santos já lançou uma marca de cerveja própria, a "Luandina", e ultima agora a abertura do seu terceiro hipermercado.
A rede "Candando", do grupo Contidis, propriedade de Isabel dos Santos, é liderada pelo português Miguel Osório, ex-quadro da Sonae e director-geral do projecto, depois do fim da parceria da empresária angolana com aquele grupo português do retalho.
O primeiro hipermercado "Candando", palavra derivada da língua quimbundo, que significa "Abraço", abriu portas também em Luanda, em Maio de 2016, representando na altura um investimento de 40 milhões de dólares (33,8 milhões de euros) e prometendo apostar na produção nacional.
A segunda loja abriu em abril deste ano, em Talatona, arredores de Luanda, próximo do anterior.
Na altura da inauguração do primeiro hipermercado, Miguel Osório anunciou a abertura de dez lojas "Candando" em cinco anos, num investimento global de 400 milhões de dólares (338 milhões de euros).
Este investimento surge numa altura de forte crise em Angola, devido à quebra nas receitas com a exportação de petróleo, o que tem provocado a escassez de vários produtos nos hipermercados do país, tendo em conta a dificuldade de divisas para garantir importações.
Só no primeiro hipermercado foram criados, segundo o grupo Contidis, 750 postos de trabalho.
Lusa/DI