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Europa 2017: Instabilidade não trava investimento imobiliário

17 de janeiro de 2017

Em 2017, Portugal deverá ultrapassar os 1.300 milhões de euros de investimento imobiliário registado em 2016, o segundo mais elevado de sempre.

A instabilidade política e económica esperada devido ao ‘Brexit’ e à eleição de Donald Trump como Presidente dos EUA não vão travar o investimento imobiliário comercial em 2017 na Europa.

No estudo “O Futuro do Investimento Imobiliário”, as previsões da Cushman & Wakefield apontam para um crescimento dos volumes de investimento imobiliário na Europa na ordem dos 6%, bem como para uma evolução positiva dos preços, esperando-se uma subida das rendas de entre 2% a 3%.

A consultora prevê que o sector imobiliário acabe por beneficiar dos vários riscos geopolíticos para a economia mundial devido ao seu “estatuto de porto seguro face ao aumento de risco esperado para o mercado de dívida pública”.

Para 2017, a elevada participação dos capitais norte-americanos no mercado europeu deve diminuir, “dado o esperado enquadramento de subida de taxas de juro, sendo substituída por capitais asiáticos e do Médio Oriente”.

Paris, Berlim, Frankfurt, Londres e Amesterdão devem liderar a captação de investimento, mas mercados periféricos com “evolução económica sólida, estabilidade política e qualidade de produto estarão também no radar”, como a cidade de Lisboa, a nível de escritórios e do retalho.

A reabilitação urbana é outra das tendências identificadas, com a capital portuguesa a oferecer um “vasto conjunto de oportunidades a preços competitivos à escala europeia”.

A previsão é que os mercados do Sul da Europa registem uma quota de mercado na ordem dos 11% (face aos 10% atingidos em 2016), estando “Portugal e Espanha entre os mais populares”.

Em Portugal, as expectativas para a actividade de investimento imobiliário apontam para uma manutenção de volumes acima dos 1.000 milhões de euros, sendo muito provável que se ultrapasse o valor transaccionado em 2016 (cerca de 1.300 milhões euros), o 2.º mais alto de sempre.

Lusa/DI