Em Espanha o imobiliário perspectiva-se como sector de refúgio
"No contexto actual o sector imobiliário apresenta-se como um novo valor de refúgio, já que proporciona um investimento seguro a médio e longo prazo face à volatilidade dos mercados financeiros", a declaração é de Diego Bestard, CEO de Urbanitae, empresa de crowdfunding com grande portefólio em Espanha, que se identifica como “ponto de encontro entre promotores e pequenos investidores”. As declarações foram feitas à publicação especializada “Inmobiliario”.
Segundo o gestor, a actual situação é bem diferente da crise económica anterior causada por uma bolha imobiliária e de crédito, "agora estamos enfrentando uma situação despoletada por uma pandemia. E neste cenário, a estabilidade e moderação que traz o investimento imobiliário para as carteiras de poupança e investimento são muito atraentes ".
Razões que sustentam esta tese
O líder da empresa de crowdfunding adianta várias razões que sustentam a sua argumentação e que tem por base estudos realizados pela sua equipa de analistas de mercado. São eles, entre outros, o facto do investimento imobiliário adquirir valor como um activo não correlacionado com as flutuações de curto e médio prazo do mercado financeiro; o previsto incremento de investimento em valores tangíveis, de que o imobiliário é exemplo, tendo em conta a grande instabilidade dos mercados e o facto de os juros se situarem em mínimos históricos. E, também “o desenvolvimento das plataformas de financiamento participativo como o crowdfunding imobiliário que permitem aos pequenos aforradores investir no imobiliário e, assim, versificarem a sua aplicação de capitais reduzindo os riscos de investimento.
Por outro lado, o líder da Urbanitae em Espanha, sublinha ainda que “o mercado de investimento institucional ou corporativo terciário mantém a sua actividade e o vislumbra-se mesmo um ‘boom’ de activos ligados ao sector da saúde”, acrescentando que o “sector enfrenta esta crise com maior solvência do que antes, com contas mais saudáveis após um período de ajustamento”.