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China vai ter uma cidade florestal

9 de julho de 2017

As autoridades de Liuzhou, na região autónoma Zhuang de Guangxi, no sul da China, encomendaram ao arquitecto italiano Stefano Boeri um “masterplan” de uma “cidade florestal” que a região pretende construir naquela área montanhosa da China.

O masterplan foi apresentado e aprovado pelas autoridades locais, estando já a «cidade florestal» em construção

Toda a futura cidade beneficiará de uma ampla cobertura de vegetação – nas residências, prédios, escritórios, nas duas escolas e no hospital com que será dotada, nas ruas e avenidas - que ajudará a combater a poluição do ar.

A cidade florestal de Liuzhou terá capacidade para 30 mil pessoas, mais de 40 mil árvores e 1 milhão de plantas. Mais de cem espécies serão incorporadas na vegetação, que se pensa poderá absorver quase 10 mil toneladas de CO2 e 57 toneladas de poluentes por ano. A cidade também produzirá 900 toneladas de oxigénio por ano e as plantas actuarão como barreira de som natural e agente de resfriamento.

Estima-se que em 2020 a cidade venha a ser já uma realidade, dotada de uma linha ferroviária eléctica rápida que a ligará a outras cidades do país. Segundo os acérrimos defensores da cidade, a solução irá beneficiar a vida selvagem, já que as plantas são um habitat natural que permitirá que as populações de insectos, aves e animais floresçam. A cidade estender-se-á ao longo da margem do rio Liujiang numa extensão de 175 hectares.

O autor do projecto e as autoridades locais querem que a nova cidade seja autossuficiente em termos energéticos, com energia geotérmica para ar-condicionado interior e painéis solares sobre os telhados para a captação de energia renovável.

Este é mais um exemplo de como a China parece querer inverter anos de poluição indiscriminada, e encara hoje de forma séria as questões da sustentabilidade ambiental.