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Famílias passaram a melhorar a casa em vez de trocar

5 de agosto de 2017

Nos últimos anos, seja por necessidade ou opção, muitos portugueses passaram mais tempo em casa, optando, por consequência, em melhorar a sua casa em vez de trocar. Quem o afirma é o arquitecto João Carvalho, director-geral, da Melom / Querido Mudei a Casa, a primeira rede de obras do país.

Logo a seguir à remodelação geral do imóvel os portugueses preferem a remodelação da cozinha seguida pela remodelação da casa de banho. “Provavelmente porque hoje a cozinha transformou-se num espaço ‘coração’ da casa onde se cozinha e convive em família e porque são as cozinhas e as casas de banho que possuem elementos de arquitectura que são visivelmente datado no tempo da construção.

As novas tendências em revestimentos e ambientes incidem mais sobre estes dois espaços que nos restantes onde a primazia é mais da decoração e menos da obra”.

"Esta tendência de melhoramento das casas tem sido visível na evolução dos pedidos de orçamento que nos são feitos, e nas adjudicações efectivas. Os portugueses gostam de conforto, gostam de se sentir bem nas suas casas e gostam de acompanhar as tendências no que respeita aos novos materiais, cores e decoração. Todas estas melhorias, por pequenas que sejam, valorizam o imóvel e contribuem para um bem-estar geral", revela.

Mas na opinião de João Carvalho, para esta realidade, o aumento da confiança no sector foi fundamental. "Hoje, o mercado das remodelações de imóveis está mais profissional e seguro e com isso temos mais consumidores a fazerem obras”, assegura. A remodelação geral é a mais pedida à empresa, ou seja, os portugueses quando querem fazer obras aproveitam e fazem de A a Z, onde se incluem elementos visíveis como sejam os revestimentos (azulejos, pavimentos, pinturas, etc) e os elementos não visíveis, esgotos, canalização e eletricidade.

João Carvalho, adianta ainda que a obra média está próxima dos 18 mil euros para uma percentagem dominante de remodelações gerais.

Na verdade, o ano de 2017 está a ser um ano de crescimento excepcional para a rede, registando níveis de facturação e adjudicações recorde, com um volume de negócios a atingir os 9.973.425 euros, relativos a 981 trabalhos efectivos, apenas nos primeiros cinco meses do ano. Actualmente, as duas marcas têm 170 unidades de negócio activas em Portugal

Lisboa, Porto, Setúbal, Faro e Coimbra são as áreas geográficas que lideram a procura nas obras residenciais, mantendo-se em 28% dos casos, a remodelação geral como a principal obra realizada, seguida de remodelações parciais em casas de banho e cozinhas.