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Falta de escritórios pode afectar crescimento económico

 

Falta de escritórios pode afectar crescimento económico

 

Falta de escritórios pode afectar crescimento económico

 

Falta de escritórios pode afectar crescimento económico

25 de julho de 2017

A falta de oferta de escritórios de qualidade e com dimensão nos próximos dois anos pode minimizar o crescimento económico do país, ao perderem-se investimentos internacionais, segundo o director-geral da consultora Cushman&Wakefiel em Portugal, Eric Van Leuven.

As declarações foram proferidas na apresentação à imprensa do relatório ‘Marketbeat’ elebaorado por aquela consultora. O Marketbeat Portugal é um estudo semestral que analisa a actividade imobiliária nos sectores de escritórios, retalho, industrial, residencial e hotelaria, bem como a actividade de investimento nacional.

Na ocasião, aquele gestor sublinhou que entre a oferta que chegará mais cedo ao mercado “70% está já ocupado”, através de pré-arrendamento e que se mantém disponíveis terrenos em Lisboa como a Feira Popular e lotes na zona oriental.

No mercado, entre 2018 e 2019, poderão entrar projectos como a terceira torre do Colombo e o projecto da Jerónimo Martins, na Praça de Espanha, mas há já procura para 10 mil/20 mil metros quadrados, pelo que a falta de oferta “vai minimizar o crescimento económico” informou Eric Van Leuven.

 

Porto: procura crescente de novos projectos…

 

Os dados do estudo da consultora indicam que houve aumento da procura líquida nos escritórios, ou seja 33% das transacções do 1.º semestre corresponderam a expansões ou novas empresas em Lisboa, com destaque para a ocupação protagonizada por centros de serviços partilhados.

No Porto regista-se uma procura crescente e novos projectos de promoção, algo que não ocorria desde 2006.

Acerca das alterações à lei do arrendamento urbano que alargaram o período transitório para rendas antigas para casos de inquilinos idosos e de rendimentos baixos e criou o estatuto de lojas históricas, Eric Van Leuven lamentou a “instabilidade legal e fiscal” e referiu que não se deve esperar que os privados façam serviço social.

O responsável previu que investidores possam ser penalizados por terem apostado na reabilitação de prédios, ao esperarem um período de cinco anos até à liberalização das rendas anteriores a 1980 e não preverem a criação de protecções para determinadas lojas.

“Há penalização do mercado e da imagem do mercado”, resumiu.

 

2017 deverá ser o ano “com maior volume de investimento na história do mercado imobiliário em Portugal”

 

Quanto a investimento, a consultora notou que a valorização dos activos imobiliários se mantenha este ano, depois de ultrapassadas as ‘yelds’ (taxas de rendimento) registadas no último pico de mercado (2007), e que essa tendência pode ainda acentuar-se nos próximos dois anos.

O valor investido este ano é “ligeiramente superior” ao de 2016 e “situou-se acima da média da última década”, existindo actualmente operações que ultrapassam os 3.500 milhões de euros, dos quais cerca de 1.500 milhões podem efectivar-se até ao final do ano e fazer de 2017 o ano “com maior volume de investimento na história do mercado imobiliário em Portugal”.

A consultora indicou ainda que 91% do volume transaccionado no 1.º semestre do ano teve como origem capital estrangeiro e que tem havido mais presença de clientes com “maior apetência ao risco”.

Os activos de escritórios e de retalho foram os sectores mais procurados pelos investidores.

 

Industrial e Logística: também escassez de oferta de qualidade

 

No retalho, a subida tem sido moderada, o que “surpreende pela negativa”, dada a redução da sobretaxa do IRS, mas justificada provavelmente pela subida da inflação.

Segundo os dados da consultora, o impacto do Turismo é claro na evolução “muito positiva”, com Lisboa e Porto a garantirem 97% das operações de comércio de rua. Neste formato, Lisboa está a evoluir em quantidade e qualidade, enquanto no Porto se notou a recuperação na rua de Santa Catarina e o surgimento de novas zonas, como Clérigos, Ribeira e Aliados.

Nos sectores industrial e de logística há escassez de oferta de qualidade e a pressão da procura poderá permitir subida dos valores no curto prazo.

Nos hotéis registaram-se nos primeiros seis meses do ano a abertura de 20 unidades, esperando-se que o crescimento se mantenha até 2019 (82 unidades).

Lusa/DI

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