Ocupação em Dezembro 2019 supera os 22.000 m2 e eleva actividade anual para níveis de 2018
Depois de terminar Novembro 10% abaixo do ano passado, mercado de escritórios recupera e encerra 2019 perto dos 195.000 m2, revela o relatório mensal Office Flashpoint, da consultora JLL.
No último mês do ano, a ocupação de escritórios em Lisboa ascendeu a 22.008 m2, num assinável aumento de 87% face ao mês anterior e de 44% face ao mês homólogo. Este desempenho permitiu finalizar o ano apenas 6% abaixo de 2018, recuperando do atraso de 10% que registava em Novembro.
Os números apontam ainda que o mercado terminou 2019 com uma absorção acumulada de 193.892 m2, que compara com os 206.428 m2 registados em 2018. No total do ano contabilizam-se 175 operações com uma área média de 1.108 m2. A JLL encerra o ano com uma quota de 36% da área colocada, tendo contribuído, de forma decisiva, para a dinâmica do mercado.
Segundo Mariana Rosa, Head of Office /Logistics Agency & Transaction Management da JLL, "este resultado vai ao encontro das expectativas, tendo em conta a significativa falta de espaço de escritórios que existe actualmente. É um reflexo da intensa procura, quer por parte de empresas internacionais que pretendem instalar-se em Portugal, quer por parte de empresas que já cá estão e querem expandir-se. Este ano estão previstos 79.000 m2 de novos escritórios para o mercado, mas ainda assim, é preciso libertar mais oferta. A reabilitação de edifícios de escritórios existentes, com uma renovação interior para equipar os espaços com as funcionalidades essenciais e colocar, assim, produto no mercado a tempo de aproveitar os timings de alto dinamismo existente, será uma das tendências de mercado este ano".
Em termos anuais, as zonas do Corredor Oeste (zona 6) e do Prime CBD (zona 1) foram as mais dinâmicas, concentrando cada uma 26%. O Parque das Nações (zona 5) e as Novas Zonas de Escritórios (zona 3) representaram, respectivamente, 15% e 14% do take-up, destacando-se ainda o CBD (zona 2), com um peso de 11%. Do lado da procura, há um equilíbrio entre as empresas de TMT’s & Utilities, Consultores e Advogados e Empresas de Serviços, que concentram, entre si, 61% da área ocupada, distribuída por quotas iguais de cerca de 20%. Também as empresas de Serviços Financeiros se mostraram dinâmicas, gerando 16% da ocupação do ano.
No desempenho do mês, o relatório indica que foram igualmente as zonas 1 e 6 as mais dinâmicas, representando 50% e 28% do volume transaccionado no mercado, respectivamente. A maior operação do mês foi a ocupação de 7.675 m2 pela Cuatrecasas no edifício Liberty, em pleno Prime CBD. Em termos de procura, evidenciaram-se as empresas de Consultores e Advogados, com 35% do take-up mensal, e de Serviços Financeiros, com outros 22%. Refira-se ainda que em Dezembro foram contabilizadas 22 operações de escritórios, o que traduz uma área média por operação de 1.108 m2, praticamente duplicando os 655 m2 registados em Novembro.