Ocupação de escritórios registou a maior taxa da última década
O volume total de take up foi de aproximadamente 200 000 m2 em 2018, o que representa um aumento de 20% comparativamente a 2017, revela a consultora Worx.
A zona que apresentou uma maior dinâmica foi a zona 6 (Eixo A5 até Porto Salvo e Alfragide) com cerca de 56 000 m2 colocados, tendo representado 27,6% do volume total do take up.
O departamento de Research da Worx concluiu que a taxa de desocupação manteve a sua trajectória descendente ao longo do ano, situando-se no final de 2018 nos 8%, valor mais baixo desde o terceiro trimestre do ano 2009. O nível de procura dinâmico no mercado de escritórios de Lisboa é o espelho da escassez de entrada de oferta nova.
A zona 5 (Parque das Nações) é, actualmente, a zona com a taxa de desocupação mais baixa, a situar-se nos cerca de 2,4%.
A promoção de oferta de escritórios constitui uma oportunidade de investimento muito interessante para os players nacionais e internacionais, numa altura em que a necessidade urgente de entrada de oferta nova permite antever uma das tendências de desenvolvimento este ano.
O relatório da consultora indica ainda que ao longo de 2018, a vacancy rate manteve-se sob pressão, na casa dos 8%, não se prevendo uma subida desta, perante um cenário de oferta nova muito escassa em desequilíbrio com os níveis de procura que o mercado tem registado. A prime rent fechou o ano nos 21 euros/m2/mês, de acordo com a divulgação da Worx.
Retomando o highlight principal, a taxa de ocupação tem vindo a aumentar e 2018 manteve a trajetória, sendo que a WORX é uma das empresas com melhor performance no mercado de escritórios.
Pedro Salema Garção, Head of Agency da WORX, salienta que “2019 é o ano da grande oportunidade para escoar os escritórios usados, já que não haverá oferta de novos escritórios; por outro lado, caso existisse oferta, o nível de ocupação seria elevado”. Por sua vez afirma que “o mercado encontrar-se-á saturado até à entrada de novos edifícios de escritórios nos anos de 2021 e 2022, com destaque para a zona 5 e 6, e o dinamismo que atrairá por essa altura”. Pedro Salema Garção conclui que, “2019 será o ano de arranque para novos projectos a entrar no mercado, com conclusão prevista para 2021-2023”.