CONSTRUÍMOS
NOTÍCIA
Escritórios

 

Mercado de escritórios do Porto continua a atrair empresas internacionais

22 de outubro de 2020

Apesar da pandemia, que tem condicionado o ritmo de actividade do mercado de escritórios, a dinâmica do sector no Grande Porto mantém-se activa, com a região a gozar do estatuto de elevada atractividade na captação de novas empresas internacionais.

De acprdo com o OnOffice, relatório publicado pela Predibisa, que analisa o mercado de escritórios do Grande Porto, a actividade no terceiro trimestre registou uma ocupação total de 10.269 m², um valor 6% acima da procura verificada no período homólogo, influenciado pela retoma da atividade empresarial que se vem registando desde junho. De acordo com dados do OnOffice, a Predibisa liderou em número de operações, tendo colocado 3.366 m² cerca de 33% da área total absorvida, assegurando mais metade das transacções neste período.

De acordo com os dados do OnOffice, apesar do número de transacções ser inferior ao período homólogo (quebra de 8%), verifica-se um aumento no valor médio contratado por operação, fixando-se este nos 934 m², 16% acima do valor registado no mesmo período de 2019. Já no acumulado do ano, o Porto encontra-se 28% acima do ano anterior no volume de absorção.

Para Graça Ribeiro da Cunha,responsável da Predibisa para a área dos Escritórios, “o mercado de escritórios do Porto continua atractivo na captação de novas empresas que se pretendem instalar na cidade, apesar de atualmente o processo de decisão e negociação ser mais longo, a Predibisa concluiu com sucesso a instalação da Körber e Fujifilm. Nos últimos meses verificou-se a tendência de procura por áreas menores, principalmente por empresas que já se encontram instaladas no Porto. A análise de novos projectos continua numa incerteza e notamos um adiamento no processo de decisão, fruto da actual conjuntura económica. Em todo o caso, estamos confiantes que o Porto continuará no radar dos investidores e que fecharemos o ano com um resultado positivo, apesar do impacto da pandemia”.

Expansão de área motivou 55% do take-up  de escritórios

No acumulado do ano, a Predibisa foi responsável por 46% da área de escritórios colocada e por três das cinco operações registadas com áreas contratadas acima dos 3.000 m². A consultora tem em carteira a comercialização em exclusivo de um novo edifício escritórios com cerca de 4.500 m², na Maia (Business Park Maia) e um co-exclusivo em Vila Nova de Gaia, com cerca de 6.800 m², nas Lake Towers, um dos mais emblemáticos complexos de escritórios junto à Ponte da Arrábida.

O mercado de escritórios do Grande Porto registou nos primeiros nove meses do ano um total de 35 transacções e 38.650 m² de área ocupada na região. Em relação ao período homólogo, verifica-se uma diminuição no número de transacções em cerca de 5% (menos duas transações), verificando-se contudo um aumento de 28% no volume de área contratada. Foram colocados mais 8.466 m² no total, o que se traduz num aumento da superfície média contratada por operação, que passou de 816 m², em 2019, para 1.104 m² este ano.

Tal como nos períodos anteriores, a cidade continua a absorver a maior parte da área de escritórios contratada, com cerca de 70%, sendo o Central Business District (CBD) da Boavista líder em número de operações e em área absorvida. O CBD regista 11 operações (31%) da atividade total do mercado de escritórios do Grande Porto e absorve também cerca de 30% do volume total de área contratada, com 11.706 m². Segue-se a zona de Matosinhos com 17% da área colocada e a zona do CBD da Baixa, com 13%. Já as cidades de Gaia e da Maia são as zonas com menor absorção de área nestes nove meses de ano, com 10% e 4%, respectivamente.

Em termos de absorção por intervalo de área contratada, 16 das transacções registadas são operações com áreas brutas locáveis superiores a 500 m², o que corresponde a cerca de 91% da área colocada. Destas 16 operações, cinco são transações de grande dimensão, com áreas superiores a 3.000 m². Oito operações compreendem áreas entre os 200 m² e os 500 m², cerca de 6% da área colocada e onze com áreas inferiores a 200 m², o que corresponde a 3% do total.

A procura efectivou-se particularmente nas empresas ligadas ao sector das TMTs & Utilities, concentrando estas a maior procura e somando um total de dez transações. Seguiram-se os “Outros Seviços” e os “Serviços Empresas” com uma quota de 17% e 14%, respectivamente. Foram também as empresas do sector TMTs & Utilities as responsáveis pela maior percentagem de ocupação, com cerca de 25% da área de escritório contratada, seguindo-se o sector “Serviços Empresas” com 23% e os “Outros Serviços” com 21%. Estes três sectores são responsáveis por mais de dois terços da área total contratada entre Janeiro e Setembro de 2020.

O principal factor de motivação das empresas para a procura de novos espaços de escritórios na região continua, tal como no semestre anterior, a centrar-se sobretudo na expansão de área, correspondendo a 55% do take-up. Um dado que contrasta com o período homólogo, no qual o motivo de expansão de área era responsável por apenas 33% do take-up de 2019. Os restantes 45% prendem-se sobretudo com o motivo de mudança de instalações (31%) e com a chegada e instalação de novas empresas no Porto, cerca de 14%.