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Escritórios

 

Escritórios não chegam para as 'encomendas'

16 de agosto de 2019

Apesar de uma redução na ocupação de escritórios no mês de Julho, em termos acumulados nos sete primeiros meses do ano, o aumento foi de 9%. Este é um segmento que ainda mantém a procura maior do que a oferta.

Segundo o relatório da consultora Savills, no mês em análise, o valor do take-up apresentou uma redução de 46% face ao período homólogo de 2018 (14.906 m2 em 2019 e 27.719 m2 em 2018). Por outro lado o valor acumulado dos sete primeiros meses do ano (124.975 m2) mantém-se 9% acima do valor do ano passado, devendo ainda assim ser tido em conta que para tal contribuiu a contabilização de 21.100 m2 respeitantes a contratos de pré-arrendamento, cerca de 17% da área total contabilizada. Caso esta contabilização não fosse feita, o valor estaria 9% abaixo do volume registado entre Janeiro e Julho de 2019. A zona 6 (Corredor Oeste) absorveu 89% de todo o take-up do mês de Julho, num mês onde apenas mais 2 zonas registaram absorção de áreas de escritórios, a zona 1 (Prime CBD) e zona 3 (zona Emergente).

Para Rodrigo Canas, Associate Director Agency Department Savills, "a já conhecida falta de espaços com área considerável e disponibilidade imediata de ocupação, aliada ao facto da procura baixar no período do verão, algo que se deverá estender também ao longo do mês de Agosto, contribuíram activamente para a quebra do mês de Julho. Ao longo do resto do ano, dado que mais nenhum projecto de dimensão relevante entrará no mercado, deveremos assistir a uma colocação anual cerca de 10% abaixo do ano passado, o que ainda assim, dada a grande escassez de espaços na cidade de Lisboa, pode ser considerado positivo e sinónimo do dinamismo e capacidade de atracção de empresas da capital portuguesa”.

O relatório da consultora indica ainda que ao longo do mês de Julho foram verificadas 8 operações, menos 17 que no período homólogo. Já entre Janeiro e Julho o número foi também inferior ao do ano passado (105 transacções face a 133).

Os sectores Produtos de Consumo e TMT’s & Utilities foram os sectores mais activos, tendo ocupado 7.734 m2 e 6.009 m2 respectivamente. A par destes dois sectores, apenas as Farmacêuticas e Saúde e a Construção e Imobiliário registaram transacções, somando um total de 684 m2 e 479 m2 respectivamente.

O Mercado de Escritórios em Lisboa está dividido em 6 grandes zonas:

Zona 1 (Prime CBD): Eixo da Av. da Liberdade à Praça Duque de Saldanha.

Zona 2 (CBD): Eixo da Av. da República, Av. Duque de Loulé e zona das Amoreiras.

Zona 3 (Zona Emergente): Eixo do Campo Grande à 2.ª Circular, zona de Benfica, Praça de Espanha e Sete Rios.

Zona 4 (Zona Histórica): Eixo da Av. Infante Santo e Av. 24 de Julho.

Zona 5 (Parque das Nações): Parque das Nações.

Zona 6 (Corredor Oeste): Eixo A5 até Porto Salvo e Alfragide.

Zona 7: Todos os escritórios situados fora das zonas estabelecidas são englobados numa designada zona 7, que geograficamente corresponde a toda a área de Lisboa não considerada nas zonas 1 a 6.