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Área Metropolitana de Lisboa com quase metade do emprego em teletrabalho na pandemia

23 de abril de 2021

No período de Abril a Dezembro de 2020, 15,6% da população empregada esteve em teletrabalho. A Área Metropolitana de Lisboa concentrou quase metade desta população, revela hoje o INE - Instituto Nacional de Estatística.

Entre as sete regiões NUTS II, a Área Metropolitana de Lisboa (AML) registou a proporção mais elevada (27,9%), concentrando 48% da população empregada em teletrabalho do país. Nas restantes regiões do país, a proporção de população em teletrabalho foi inferior à média nacional, situando-se abaixo dos 9% nas regiões autónomas.

 A diferente expressão territorial do teletrabalho está associada às diferenças das estruturas produtivas regionais. Tendo como referência a nomenclatura de ramos de atividade económica (agregação A10), a proporção do emprego em teletrabalho foi superior ao dobro da média nacional em três ramos: Actividades de Informação e Comunicação (66,9%), Actividades financeiras e de seguros (47,6%) Actividades de consultoria, científicas, técnicas e similares; atividades administrativas e dos serviços de apoio (32,5%).

 A importância da população empregada em regime de teletrabalho na AML associada ao peso significativo das deslocações por motivo de trabalho nesta região e à estrutura assimétrica do padrão de deslocações, sugerem impactos diferenciados nas economias locais dinamizadas pela proximidade aos territórios habituais de trabalho.

Neste contexto, salienta-se que, de acordo com os resultados do último Inquérito à Mobilidade nas Áreas Metropolitanas, mais de 50% das deslocações intermunicipais da população residente nesta região por motivo de trabalho tinham como destino o município de Lisboa. Em Lisboa, por cada 100 habitantes com 15 ou mais anos, existiam 53 deslocações a partir de outros municípios da AML por motivo de trabalho. Assim, além do efeito sobre a economia local da contração do turismo, terá existido o efeito de redução das deslocações associada à expressão significativa do teletrabalho em consequência da pandemia.