Antigo cinema Quarteto vira edifício de escritórios
O prédio na rua Flores de Lima, em Lisboa, onde até 2007 funcionou o cinema Quarteto – memória de uma geração - , está a ser convertido num edifício de escritórios.
De acordo com fonte oficial da autarquia, em Dezembro de 2015 deu entrada nos serviços camarários um pedido de licenciamento de obras de alteração para o edifício do antigo cinema Quarteto, que teve como requerente a Eternoriente. Pedido que viria a ser autorizado em Outubro do ano passado.
As obras preveem “a recuperação do edifício reconvertendo-o num espaço de escritórios” e a “afetação do edifício a uso de natureza diferente da actividade cinematográfica” foi autorizada pela então secretaria de Estado da Cultura.
Segundo foi noticiada pelo jornal 'online' Corvo, as obras “deverão terminar apenas no final do ano, convertendo o imóvel num centro de negócios e de trabalho, que ocupará três pisos”.
O cinema Quarteto, fundado pelo exibidor Pedro Bandeira Freire, tinha por 'slogan' "Quatro salas, quatro filmes", e foi inaugurado em 21 Novembro de 1975.
Funcionou, neste edifício, até ao encerramento pela Inspeção-Geral das Actividades Culturais (IGAC), por falta de condições de segurança, em 16 de Novembro de 2007.
Na altura, era a Associação Cine-Cultural da Amadora que explorava o cinema, que, no ano anterior, estava ainda nas mãos da distribuidora Castello-Lopes.
Entretanto, o edifício foi comprado em 2013 pela Igreja Plenitude de Cristo, que acabou por não o utilizar.
Segundo ainda com o Corvo, “em 23 de Setembro de 2014, o imóvel era já dado como devoluto pela Câmara Municipal de Lisboa, de acordo com um despacho assinado por Manuel Salgado, vereador do Urbanismo, e incluído num lote de 19 prédios ou fracções na mesma situação”.
Refere ainda o jornal que, em 2015, o edifício já era propriedade da Eternoriente, que entrou com o pedido de licenciamento de obras.
Lusa/DI