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Dados do INE desmentem «bolha imobiliária»

28 de julho de 2018

Para a RE/MAX, os dados recentemente divulgados pelo INE demonstram que não existe uma “bolha” imobiliária em Portugal, acreditando a rede que os preços vão começar a conter-se em 2019.

O preço médio do m2 na avaliação bancária (apartamentos e moradias) em Portugal cresceu 5,5% entre Abril de 2017 e Abril de 2018 em comparação com período homólogo. Um crescimento moderado que, para a RE/MAX Portugal demonstra que não há sinais de uma “bolha” imobiliária no país ao contrário do que se tem especulado. Analisando os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), verifica-se que este indicador aumentou apenas 1,4% no concelho de Lisboa nesse período (concretamente de 2.095€/m2 para 2.125€/m2).

Manuel Alvarez, Presidente da RE/MAX, é de opinião que “no mercado actual há um equilíbrio de mais-valias para todos os intervenientes, ou seja, o comprador sabe que terá ganho no futuro, o proprietário consegue fazer um bom negócio e a Banca continua a ceder crédito porque, ao subirem suavemente, os preços garantem um melhor empréstimo”.

Preços contêm-se em Lisboa

Segundo a aquela rede de mediação, os preços no concelho de Lisboa tiveram um forte crescimento em 2015 e 2016 e agora começaram a conter-se. “O mercado manda. Quando não há margem para se continuar a aumentar os preços pois os compradores deixam de ter capacidade para os acompanhar, estes têm de estagnar”, aponta aquele responsável.

No concelho do Porto ainda não se atingiu esse ponto e, neste período, o preço médio do m2 aumentou 11,3% (de 1.514€/m2 para 1.685€/m2).

Preços aumentam mais nos subúrbios de Lisboa e Porto

É, porém, nos subúrbios das duas principais cidades do país que os preços mais têm crescido – 18% na Amadora e Odivelas; 16% em Oeiras; 14% em Setúbal; 13% em Sintra; Entre 10 e 11% em Almada, Loures, Guimarães, Matosinhos e Vila Nova de Gaia; e 8% em Gondomar e Vila Nova de Famalicão.

“Os preços em Lisboa vão continuar a crescer, mas suavemente. Já os do Porto vão começar a conter-se tal como aconteceu na capital. Apesar disso, o valor do m2 nestes dois grandes centros urbanos tem levado os compradores a transferirem a sua intenção de compra para os subúrbios, como de resto acontece em Portugal há 50 anos, e daí o crescimento nestes concelhos superar a média nacional”, esclarece Manuel Alvarez, para quem “os preços vão continuar a crescer em 2018 e primeira metade de 2019. Depois, vão estagnar”, antecipa o Presidente da RE/MAX Portugal.

Manuel Alvarez recorda ainda que, não obstante o facto de Portugal estar na moda, equiparando-se em recursos e números do turismo a outros países europeus, “continuamos a ter o metro quadrado mais baixo da Europa.”