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Crowdfunding: O conceito que veio para ficar

 

Crowdfunding: O conceito que veio para ficar

7 de dezembro de 2017

O crowdfunding chegou definitivamente ao mercado imobiliário português. A Housers estreou-se recentemente em Portugal com um projeto em Campo de Ourique que foi financiado em apenas 20 dias. 

Com menos de dois anos de existência, a Housers, uma plataforma de Fintech espanhola conta com mais de 70 mil utilizadores inscritos, sendo que prevê alcançar 11 mil no mercado português até ao final de 2018. Já foram financiados 200 imóveis, reunidos entre os investidores mais de 33 milhões de euros, e já foram distribuídos em benefícios e devolução de capital aproximadamente 2,5 milhões de euros.

João Távora, CEO da Housers revela que o mercado português de crowdfunding ainda está a dar os primeiros passos no país mas acredita que tem um enorme potencial como alternativa às formas de investimento tradicionais. “Simultaneamente, estamos a assistir a um crescimento do setor imobiliário na ordem dos 20% ao ano (segundo dados recentes da Associação Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários - APPII), sendo que grande parte do investimento feito no setor é realizado por investidores estrangeiros. Como tal, acho que o mercado está bastante preparado para uma plataforma de crowdfunding, na medida em que facilita a entrada de investimento estrangeiro, mas também dá a possibilidade aos portugueses de entrarem neste mercado deixando este de ser um setor exclusivo a investidores com grande capacidade financeira”, explica.

O responsável admite que Portugal vive um dos melhores momentos dos últimos anos e investir no setor imobiliário português é sem dúvida uma excelente oportunidade. João Távora revela que através da Housers é possível poupar e investir num setor que se encontra em rápido crescimento e que oferece rentabilidades mais atrativas e com menos risco, em comparação com outros instrumentos financeiros. “Quanto à questão do risco, a equipa de especialistas da Housers trata de todo o processo burocrático, seleciona e estuda criteriosamente a rentabilidade dos imóveis e dá a possibilidade ao investidor de escolher exatamente os imóveis onde quer aplicar as suas poupanças, permitindo-lhe também diversificar o risco”, adianta.

Relativamente ao primeiro projeto em Portugal o CEO refere que o balanço foi muito positivo. A operação inclui um investimento total de 193.000 euros e em apenas 20 dias o projeto foi financiado por 453 investidores, com investimentos desde 50 euros a 5447 euros. “Trataram-se de pequenos investidores, na maioria espanhóis e italianos, mostrando que o mercado imobiliário português é bastante atrativo para os estrangeiros. Também já tivemos alguns investidores portugueses que começam a descobrir a plataforma”, salienta.

Relativamente ao mercado imobiliário português, acredita que a atratividade do país para estrangeiros vai continuar a “aquecer” o setor. Em relação ao crowdfunding acha que é um modelo que veio para ficar, pois está a crescer rapidamente a nível internacional, como por exemplo em mercados tão próximos como Espanha ou França, e em Portugal já é uma tendência. “O aparecimento da Housers e de outras fintech no mercado comprovam o potencial do crowdfunding e acredito que vá continuar a crescer, oferecendo aos investidores uma alternativa onde investir e com rentabilidades muito atrativas”, explica.

De recordar que através da Housers existe a possibilidade de investir em imóveis em Espanha, Itália, e agora em Portugal, com um mínimo de 50 euros.

*Texto publicado na edição de hoje do Jornal Económico no âmbito da parceria com o Diário Imobiliário