


Castelo Branco: plano de emergência para a zona histórica
A Câmara de Castelo Branco apresentou hoje um Plano Especial de Emergência para a Zona Histórica da cidade, que identifica um conjunto de perigos naquela zona de características especiais e que define a intervenção de entidades e uso de meios.
"O plano hoje apresentado surge na sequência do Plano Municipal de Emergência de Protecção Civil que a câmara elaborou em 2015/2016. Achámos que faria sentido para a zona histórica avançar com um plano especial dado as suas características", explicou o vice-presidente da Câmara de Castelo Branco, Arnaldo Brás.
Durante o trabalho de campo que demorou sete meses, foi feito o levantamento de cerca de 1.200 edifícios no exterior de um total de 1.307, nomeadamente em relação ao seu estado de degradação e de utilização, sendo que 15% estão em situação muito gravosa e 18% em elevado grau de perigosidade.
Segundo o documento, mais ou menos 30% dos edifícios da zona histórica precisam de uma intervenção estratégica.
O município recorreu a uma empresa local sediada no Centro de Empresas Inovadoras (CEI) para elaborar este plano especial de emergência que vai ser agora entregue à Comissão Municipal de Emergência e à Protecção Civil e, posteriormente, ser colocado à discussão pública para ser transformado num documento final.
O documento deixa ainda um conjunto de sugestões estruturais e não estruturais, sendo que, no primeiro caso, aponta para a estimulação do já criado programa de recuperação de habitações na zona histórica ou de mecanismos de incentivo à preservação do edificado, além da caracterização socioeconómica da população local e a vulnerabilidade social.
Já em relação à área estrutural, aponta para a ampliação das redes hidratantes, instalação de equipamentos de primeira intervenção, sistema de aviso e alerta de comunicação directo aos bombeiros e PSP, e a criação de brigadas de apoio local.
Lusa/DI