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Carrilhões de Mafra vão ser (finalmente) reabilitados

 

Carrilhões de Mafra vão ser (finalmente) reabilitados

14 de março de 2018

O Tribunal de Contas deu visto à empreitada de requalificação dos sinos do Palácio de Mafra, onde existem interdições de circulação por ameaçarem cair com o mau tempo, havendo condições para as obras começarem, foi hoje divulgado.

O Tribunal de Contas refere que deu visto à empreitada de requalificação dos sinos e dos carrilhões de Mafra, no distrito de Lisboa, depois de a Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC) ter remetido na segunda-feira os esclarecimentos solicitados.

Contactada pela Lusa, a DGPC garantiu que “está tudo despachado e há condições para dar início às obras”, que estão adjudicadas a uma empresa estrangeira.

 

Obras para dois anos

 

A empreitada está orçamentada em 1,5 milhões de euros e vai decorrer durante dois anos.

A portaria de repartição de encargos pelos anos de 2015 a 2017 já tinha sido publicada em 2015, mas, como passados três anos as obras ainda não começaram, os ministérios da Cultura e das Finanças publicaram hoje, em Diário da República, uma nova portaria de extensão da despesa, autorizando a DGPC e o Fundo de Salvaguarda do Património Cultural a usar a verba.

No documento, os dois ministérios reconhecem a “urgente necessidade de proceder à reabilitação” dos sinos e carrilhões do Palácio de Mafra “face ao avançado estado de degradação” assim como “riscos de segurança não só para o património em si, como para os utentes do imóvel e transeuntes da via pública”, uma vez que os sinos se encontram escorados por andaimes.

Contudo, admitem que estruturas de suporte de madeira dos sinos “apresentam apodrecimento generalizado” e que “existem cabeçalhos que, pela degradação da madeira e dos elementos metálicos, se encontram em perigo de queda, verificando-se, inclusivamente, deformações dos escoramentos em consequência do assentamento contínuo de estruturas e sinos, encontrando-se, frequentemente, peças, tanto de madeira como metálicas, ferragens e ligações, nos pavimentos das torres e nos terraços contíguos”.

O visto do tribunal, necessário para o início das obras, foi pedido a 2 de Novembro, mas estava pendente desde 19 de Dezembro, data em que foram pedidos mais elementos à DGPC.

Em setembro de 2015, foi lançado um concurso, mas as obras ainda não começaram.

DGPC e Protecção Civil Municipal interditaram a circulação pedonal em frente às torres do Palácio Nacional de Mafra para evitar acidentes decorrentes da queda de sinos ou outras estruturas, devido ao mau tempo, o que levou o presidente da Câmara de Mafra, Hélder Sousa Silva, a alertar para a demora no início das obras.

Desde 2004, que os sinos, alguns a pesarem 12 toneladas, são presos por andaimes, solução provisória para garantir a sua segurança e das estruturas de suporte, em madeira, que estão apodrecidas, assim como das pessoas que circulam em frente ao palácio.

Os dois carrilhões e os 119 sinos, que marcam as horas e os ritos litúrgicos, constituem o maior conjunto sineiro do mundo, sendo, a par dos seis órgãos históricos e da biblioteca, o património mais importante do palácio.

Em 2017, o palácio foi visitado por 377 mil pessoas.

 Lusa/DI