A nova Praça de Espanha estará pronta no final de 2020
Fernando Medina, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, apontou para final de 2020 a conclusão das obras da nova Praça de Espanha que irão passar para o terreno o projecto vencedor do concurso internacional, da autoria do NPK – Arquitectos Paisagistas Associados (ver notícia DI). As obras têm um prazo previsto de 10 meses, além de mais um ano para a manutenção dos espaços verdes, sendo o seu custo orçado em 6 milhões de euros. A informação foi avançada hoje durante a apresentação oficial da proposta vencedora para a nova Praça de Espanha, que decorreu nas instalações da Fundação Calouste Gulbenkian.
A actual praça, onde o tráfico automóvel é ‘rei e senhor’, vai dar lugar a um vasto jardim — com uma dimensão igual ou mesmo superior ao do jardim da Estrela — com espaços de recreio, lazer e desportivos. A água será um elemento determinante da futura área verde, desocultando ribeiras e linhas de águas que há décadas foram encanadas e soterradas.
Medina qualificou a obra da nova Praça de Espanha como emblemática da “Lisboa do futuro”, já que assenta na sustentabilidade, na criação de espaços verdes e na renaturalização, na aposta de sistemas de mobilidade mais amigos do ambiente e na melhoria da qualidade de vida dos cidadãos. A este propósito, o autarca referiu que por cada 1.000 cidadãos que optem pelo transporte público e/ou a via ciclável “estamos a acabar com 5 quilómetros de filas de carros...”.
Parque da Gulbenkian também vai crescer...
O autarca sublinhou ainda a importância da nova Praça de Espanha como elemento de ligação entre os vários bairros e aglomerados daquela zona norte da capital que, nalguns casos, se expandiram, há décadas atrás, sem harmonia e visão de conjunto.
Todos os intervenientes da apresentação do projecto que hoje teve lugar nas instalações da Fundação Calouste Gulbenkian, - Isabel Mota, presidente desta instituição, Manuel Salgado, vereador do Urbanismo, José Veludo, do atelier NPK, e o próprio Fernando Medina – enalteceram a vocação inspiradora dos Jardins da Fundação, projectados nos anos sessenta pelos arquitectos paisagistas António Viana Barreto e Gonçalo Ribeiro Teles, e que este ano se comemora o cinquentenário da sua inauguração.
Isabel Mota anunciou durante a sua intervenção que a Fundação Calouste Gulbenkian irá em breve abrir concurso de ideias para conclusão final dos jardins da instituição nos terrenos do vértice sul do antigo parque de Santa Gertrudes, que foi propriedade do empresário Eugénio de Almeida e onde durante décadas funcionou a antiga Feira Popular de Lisboa. A presidente da Gulbenkian referiu no entanto que serão preservadas as instalações da Casa Eugénio de Almeida e o seu logradouro. Isabel Mota revelou ainda que a instituição a que preside irá contribuir com a aquisição de uma escultura para os jardins da Nova Praça de Espanha, escolha que será tomada em diálogo com a câmara da capital e do atelier autor da proposta vencedora.