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Turismo

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2025: Turismo nacional deverá manter tendência de crescimento

9 de janeiro de 2025

Os resultados da 72ª edição do Barómetro do Turismo do IPDT – Instituto de Planeamento e Desenvolvimento do Turismo revelam uma expectativa optimista para o desempenho do turismo nacional em 2025. Os profissionais do sector apontam para um crescimento sustentado nos principais indicadores, mas destacam adicionalmente desafios que exigem respostas estratégicas.

Crescimento em hóspedes, dormidas e proveitos

No que diz respeito ao número de hóspedes, 56% dos membros do painel antecipam para 2025 um crescimento para valores entre 30,1 e 33 milhões. As dormidas apresentam igualmente um cenário promissor, com 78% dos inquiridos a projectarem indicadores entre 75,1 e 81 milhões. Estes resultados advêm não apenas de uma maior procura, mas também uma possível extensão na duração média das estadias. Quanto aos proveitos globais, 80% dos especialistas do IPDT esperam para este ano números entre os 5,6 e 6,5 mil milhões de euros.



Factores positivos para o turismo em 2025

Relativamente aos fatores que terão um impacto mais positivo no desenvolvimento do turismo nacional em 2025, o inquérito do IPDT aponta como os mais relevantes: a melhoria contínua da oferta e dos serviços; a segurança e a estabilidade política e social; as infraestruturas, acessibilidades e a mobilidade aérea; e, por último, as condições económicas e financeiras favoráveis, mencionadas por 36% dos especialistas.

Um crescimento sustentado

Para Jorge Costa, presidente do IPDT, "a previsão do aumento do número de hóspedes, dormidas e proveitos globais para 2025 reflecte o potencial de crescimento sustentado do turismo nacional. Para concretizar este potencial, será fundamental continuar a investir na qualidade das experiências turísticas, adaptando-as às actuais exigências dos viajantes". E acrescenta: "Num contexto global marcado por incertezas económicas e geopolíticas, Portugal continua a beneficiar da percepção de ser um destino seguro e acolhedor, o que se traduz num activo estratégico para atrair turistas internacionais".


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Escassez de recursos humanos qualificados é o maior desafio

Apesar do cenário encorajador e positivo, o sector enfrenta desafios que podem condicionar o seu desenvolvimento em 2025. A escassez de recursos humanos qualificados destaca-se como o principal desafio, referido por 51% dos inquiridos. De entre os demais, o destaque do Barómetro de Turismo do IPDT destaca: o aumento dos preços e a inflação; a recessão económica e a conjuntura internacional; os conflitos internacionais e a instabilidade geopolítica.


Jorge Costa - presidente do IPDT


Combate à desinformação sobre o "overtourism"

Os especialistas ouvidos pelo Barómetro alertam ainda para desmistificação da percepção de "overtourism", que começa a ganhar visibilidade em alguns destinos nacionais. Os resultados do IPDT evidenciam que 80% dos inquiridos classificam esta questão como "importante" ou "muito importante", sublinhando a necessidade de respostas coordenadas e eficazes a curto prazo. Neste ponto, o combate à desinformação, defendido por 58%, surge como a principal prioridade, implementando-se estratégias de comunicação mais transparentes e acessíveis que promovam um entendimento mais realista e contextualizado dos impactos do sector. A sensibilização e o envolvimento das comunidades locais (22%), a descentralização da carga turística (17%), com foco no desenvolvimento das regiões interiores, e a definição de uma visão clara para o futuro da actividade turística (6%) foram outras das acções identificadas.

Como pode Portugal manter-se um destino turístico competitivo?

Para reforçar a competitividade de Portugal enquanto destino turístico, os profissionais do sector destacam duas acções de igual relevância: a promoção turística segmentada e a consolidação da imagem de Portugal como destino de excelência, além da diversificação e requalificação da oferta turística, com foco na sustentabilidade. A qualificação das infraestruturas, espaços públicos e a melhoria da mobilidade e acessibilidades foi referida por 16% dos especialistas do IPDT.

Outro aspecto transversal entre as prioridades é a captação e valorização dos profissionais do sector, com 14% dos inquiridos a apontarem a necessidade de melhorar as condições de trabalho e aumentar a competitividade dos serviços. Adicionalmente, 12% defendem que a formação e qualificação dos recursos humanos deve ser uma prioridade, alinhada com o maior desafio identificado para 2025: a escassez de recursos humanos qualificados.