2023 será um ano um pouco mais prudente
Jorge Bota, Managing Partner da B. Prime, revela que em 2022 o sector do investimento, manteve-se forte ao longo do ano, tendo apenas desacelerado no último trimestre. Para 2023, espera um ano um pouco mais prudente, tendo em conta a incerteza que se vive em toda a economia europeia. No entanto, está convicto que Logo que a taxa de inflação estabilize e consequentemente as taxas de juro deixem de evoluir de forma tão agressiva, como aconteceu este ano, pensamos que os investidores voltarão em força ao mercado.
Que balanço faz do mercado imobiliário de 2022 e do turismo residencial?
Este ano foi claramente um ano muito positivo para o mercado imobiliário e para a B. Prime. O sector do investimento, manteve-se forte ao longo do ano, tendo apenas desacelerado no último trimestre. De qualquer forma, deverá ser um ano com um número muito relevante no que diz respeito ao volume investido.
A área dos escritórios bateu todos os recordes de colocação e as rendas continuaram a aumentar, à semelhança de anos anteriores. A logística esteve igualmente muito forte e com indicadores que nos deixam muito optimistas para o próximo ano. Só o retalho não teve uma dinâmica tão forte, apesar de estar gradualmente a retomar a performance que tinha, antes da pandemia.
O turismo residencial manteve a sua atractividade e os novos projetos foram sendo colocados com grande sucesso e com a vantagem de haver uma maior variedade geográfica dos investidores.
Quais os desafios que mais afectaram o mercado?
Na realidade, apenas no último trimestre se sentiram algumas alterações na dinâmica muito forte e positiva que percorreu todo o ano. Este facto deve-se à incerteza sobre a evolução económica e das taxas de juro, que são um fator determinante para o sector do imobiliário.
Outro desafio relevante que veio para ficar, é claramente a implementação de vários objectivos no âmbito do ambiente e sustentabilidade, que quer Portugal, quer a União Europeia, se propuseram, sendo que o imobiliário é um dos sectores determinantes para o sucesso desta estratégia.
O que se pode esperar para 2023?
Podemos esperar um ano um pouco mais prudente, tendo em conta a incerteza que se vive em toda a economia europeia. Logo que a taxa de inflação estabilize e consequentemente as taxas de juro deixem de evoluir de forma tão agressiva, como aconteceu este ano, pensamos que os investidores voltarão em força ao mercado, porque a liquidez existe e o mercado português continua a ser muito atrativo, com a vantagem de ter taxas de ocupação muito robustas e em crescimento.