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Turismo

 

18% do alojamento turístico tenciona avançar para insolvência

2 de julho de 2020

Os resultados de mais um inquérito mensal da AHRESP –  Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal à actividade turística revelam que 18% do alojamento turístico tenciona avançar para insolvência.

O inquérito indica ainda que até ao final de Junho 24% das empresas continuavam encerradas e durante todo o mês, mais de 47% das empresas não registaram qualquer ocupação e 41% indicou uma ocupação até 25%. Estes resultados traduzem-se numa quebra homóloga superior a 90% na taxa de ocupação, referida por mais de 54% das empresas.

A tradicional “época alta” (Julho a Setembro) indicia resultados muito preocupantes, pois 46% das empresas não esperam uma taxa de ocupação acima dos 25%, e cerca de 17% das empresas perspectivam uma ocupação entre 25% e 50%.

Perante este cenário, 18% das empresas ponderam avançar para insolvência caso não consigam suportar os encargos, e 45% não sabe se avança ou não para insolvência.

O acesso ao lay off simplificado para apoio ao pagamento de salários intensificou-se desde Abril. Cerca de 42% das empresas recorreram a este mecanismo, 76% prorrogou para maio, 70% para Junho, e cerca de 60% tenciona prorrogar para Julho.

Sem o apoio do lay off em Julho, 42% das empresas referem que não terão condições para pagar salários no final do mês, sendo que mais de 27% das empresas não conseguiu efetuar o pagamento dos salários em Junho e 12% só o fez parcialmente.

Mais de 12% das empresas assumem que não vão conseguir manter todos os postos de trabalho até ao final do ano, e 62% das empresas ainda não sabem se vão conseguir manter a totalidade dos seus trabalhadores.

Também o panorama no sector da Restauração e Bebidas é dramático, com 38% das empresas a ponderam avançar para insolvência, dado que a esmagadora maioria refere que não irá conseguir suportar os encargos habituais, como pessoal, energia, fornecedores e outros, a partir do mês de Julho.

Para as empresas inquiridas, a facturação do mês de Junho foi dramática, com mais de 24% das empresas a registarem perdas superiores a 40%, 22% com quebras homólogas superiores a 60%, e 12% com uma quebra acima dos 90%.

Perante este cenário, o acesso ao lay off simplificado para apoio ao pagamento de salários tem sido uma constante desde Abril. Mais de 87% das empresas recorreram a este mecanismo, tendo 93% prorrogado para Maio, 76% para junho, e cerca de 69% tenciona prorrogar para Julho.

Sem o apoio do lay off em Julho, mais de 54% das empresas referem que não terão condições para pagar salários no final do mês. No que respeita aos salários de junho, o inquérito revela que mais de 17% das empresas não conseguiram efectuar o pagamento e 15% só pagou parcialmente.

Com esta realidade, mais de 22% das empresas assumem que não vão conseguir manter todos os postos de trabalho até ao final do ano, e 70% das empresas ainda não sabem se vão conseguir manter o total dos seus trabalhadores.