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Trienal de Arquitectura de Lisboa começa hoje a debater "Quão pesada é uma cidade"

 

Trienal de Arquitectura de Lisboa começa hoje a debater "Quão pesada é uma cidade"

2 de outubro de 2025

Mais de uma centena de especialistas, entre arquitectos, ‘designers’ e artistas participam a partir de hoje na Trienal de Arquitectura de Lisboa, em debates e três exposições, para reflectir sobre o papel desta disciplina no futuro das cidades.

A sétima edição da Trienal tem como tema “How heavy is a city?” ("Quão pesada é uma cidade?", em tradução livre), tema seleccionado pelos curadores Ann-Sofi Rönnskog e John Palmesino, e decorrerá até 08 de Dezembro, lançando perguntas sobre o impacto das cidades no mundo e propondo futuros possíveis de coabitação.

Três exposições vão marcar esta edição da Trienal de Arquitectura de Lisboa: "Lighter", no Centro de Arquitectura do MAC/CCB, "Spectres", no Museu do Design, e "Fluxes", no Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia (MAAT).

Entre os convidados, envolvidos em conferências, júri de prémios, conversas ou nas três exposições previstas, estão a dupla de palestinianos Yara Sharif e Nasser Golzari, que irão debruçar-se sobre a arquitectura de reconstrução, Avneesh Tiwari, arquitecto que tem desenvolvido trabalho nas comunidades locais indianas, e Samia Henni, arquitecta, historiadora e investigadora nas áreas de política do urbanismo.

A arquitecta paquistanesa Yasmeen Lari, distinguida pelo evento com o Prémio Carreira 2025, devido ao seu trabalho em prol da construção digna e acessível para pessoas carenciadas vítimas das alterações climáticas, irá proferir uma conferência sobre o seu trabalho no sábado, no Museu de Arte Contemporânea do Centro Cultual de Belém (MAC/CCB).

Ao longo da trienal, arquitectos, designers, poetas, artistas, escritores, cientistas, historiadores e investigadores vão lançar questões e tentar dar respostas ao desafio proposto pelos curadores Ann-Sofi Rönnskog e John Palmesino.


Lisboa: imagem cortesia da Flyingbookhouse.com


Entre os representantes do sector estarão arquitectos de ateliers como Bangkok Tokyo Architecture, que têm explorado a arquitectura flexível e sustentável, Metabolic Office, com projectos modulares sustentáveis, ReSa Architects, envolvido em diversos projectos que combinam inovação, sustentabilidade e urbanismo, ou Robida Collective, dedicado à experimentação interdisciplinar que desenvolve projectos e pesquisa em arquitectura, urbanismo e novas relações espaciais.

Três exposições

Da arquitetura nacional, estarão presentes, entre outras, as arquitectas e curadoras Inês Lobo, Lígia Nobre, Carla Leitão e Inês Nascimento.

A exposição "Fluxes", no MAAT, vai concentrar-se "nas intersecções entre os espaços artificiais — os vastos fluxos de materiais, energia e informação que sustentam a humanidade — e os frágeis e complexos ciclos da Terra viva", segundo a organização.

Quanto à mostra "Spectres", no MUDE, focará "nas tecnologias de imagem necessárias para compreender o impacto dos espaços humanos no planeta, e a forma como estas ecoam as estruturas imperiais e coloniais de extracção e poder".

"Lighter", no Centro de Arquitectura do MAC/CCB, vai tentar sugerir um caminho "através das experiências de habitar a dinâmica tumultuosa da tecnosfera, com a sua abstração – de água, energia, combustível, materiais e informação – dos paradigmas planetários mais antigos que moldam o nosso planeta vivo, pensando em como obter mais luz e menos massa".

A 6.ª Trienal de Arquitectura de Lisboa aconteceu entre 29 de Setembro e 05 de Dezembro de 2022, e, segundo a organização, recebeu mais de 64 mil visitantes nas quatro exposições realizadas sob o tema "Terra", com curadoria de Cristina Veríssimo e Diogo Burnay. 

Lusa/DI