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Imagem DR + DI

Foto CM Setúbal

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Setúbal inaugura Memorial ao cantor e poeta José Afonso

8 de janeiro de 2024

A cidade de Setúbal inaugurou este fim-de-semana uma escultura em homenagem ao homem que cantou a revolução de Abril. A cerimónia foi presidida pelo presidente da Câmara Municipal, André Martins (CDU).

A peça de arte pública, da autoria do escultor setubalense Ricardo Crista, integra agora a paisagem da Praia da Saúde, numa evocação à memória de José Afonso, "nome maior da música portuguesa, que cantou a revolução e ajudou a construí-la", sublinhou André Martins.

Na cerimónia de inauguração da obra, inserida no projecto municipal «Venham Mais Vinte e Cincos», que comemora os 50 Anos do 25 de Abril, o presidente da autarquia afirmou que o Memorial a José Afonso, "muito mais do que uma homenagem da cidade que Zeca fez sua e que deixou perpetuada nas palavras que cantou", é "a evidência do profundo sentimento de admiração" que setubalenses e azeitonenses nutrem pelo poeta.

O autarca recordou a ligação de José Afonso à cidade de Setúbal onde "animava com milhentos amigos o Círculo Cultural ou intensas conversas no Café Tamar" e afirmou que o cantor acabou por ser "transformado pelo povo de Setúbal e Azeitão em seu património imaterial".


Uma cidade que ele amava...

A admiração pelo homem que "sempre cantou não para ser alvo de homenagens, mas sim para despertar consciências e dar voz aos que não a tinham quando, com as suas canções, ajudou a combater o fascismo" levou Setúbal a deixar uma marca física na cidade que perpetue o nome e a memória de José Afonso.

A inauguração do Memorial a José Afonso contou com as presenças dos filhos Joana e Pedro Afonso que, juntamente com André Martins e o presidente da Associação José Afonso, Francisco Fanhais, descerraram a placa alusiva à iniciativa.

Com cinco metros e meio de altura, quatro de largura e um e meio de profundidade, a peça pode ser observada do mar para a serra e vice-versa e tem um efeito transparente quando vista de determinados ângulos, enquanto a partir de outros mostra o retrato de José Afonso.

"As barras horizontais podem sugerir obstáculos, barreiras ou mesmo um enaltecer em ascensão. Todas as interpretações são válidas pois as leituras dependem da perspectiva de cada um. No entanto, uma leitura comum centra-se num ponto, a imagem de Zeca Afonso. Aqui o Zeca observa a cidade, o horizonte, a esperança, a vida e, acima de tudo, a liberdade."