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Foto Câmaara Municipal de Setúbal

Setúbal denuncia crime ambiental

13 de setembro de 2022

O presidente da Câmara Municipal de Setúbal (CDU), André Martins, exige a tomada de medidas urgentes e imediatas pela administração central que acabem com as descargas ilegais na Vala de Brejos de Canes e no Estuário do Sado, na zona da Mourisca.

"Isto é um crime ambiental que está identificado. Sabe-se quem faz as descargas, mas as entidades competentes ainda não tomaram as medidas que há muito deveriam ter tomado para acabar com a situação", afirmou ontem André Martins numa acção de protesto promovida pela Junta de Freguesia de Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra junto do local onde desagua a Vala de Brejos de Canes, na zona da Mourisca.


Foto Câmara Municipal de Setúbal


A Câmara Municipal de Setúbal tomou conhecimento da situação no final de maio e "desde logo iniciou uma vasta troca de correspondência" com a Administração da Região Hidrográfica do Alentejo, entidade da APA – Agência Portuguesa do Ambiente que tem a responsabilidade de intervir no domínio dos recursos hídricos.

De acordo com o autarca, a APA "identificou o condomínio do Centro Empresarial Sado Internacional como responsável pelas descargas daquilo que as análises revelaram ser produtos químicos" resultantes da actividade das empresas que ali laboram.

Estes produtos, que poluem a linha de água e emanam cheiros nauseabundos, são despejados na Vala de Brejos de Canes, que desagua na Mourisca, e acabam por entrar no Sado, "afectando quer o conforto e saúde das populações que aqui residem, quer o estuário, que é uma zona ambientalmente protegida".

André Martins lamenta que a situação se arraste desde o final de Maio "sem que as entidades competentes tenham tomado as necessárias e urgentes medidas" para pôr fim ao problema.