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Porto: Só 4% dos residentes na Área Metropolitana consideram que o turismo tem impactos negativos na cidade

Mercado do Bolhão Foto CM Porto

Porto: Só 4% dos residentes na Área Metropolitana consideram que o turismo tem impactos negativos na cidade

8 de janeiro de 2024

Estudo realizado pelo ISAG-EBS, em parceria com o Centro de Investigação em Ciências Empresariais e Turismo da Fundação Consuelo Vieira da Costa, indica que mais de metade dos residentes na Área Metropolitana do Porto defendem que o turismo tem efeitos positivos na cidade

Inquiridos valorizam sobretudo a capacidade do sector na atração de investimento e na criação de emprego e de riqueza, mas concordam que tem um impacto inflacionista nos preços do comércio e da habitação

O estudo revela ainda um elevado grau de satisfação dos turistas com a visita ao Porto (4,3 valores): 90% afirmam que tencionam regressar e 94% vão recomendar a cidade a amigos e familiares.


Foto Guilherme Costa Oliveira - CM do Porto


Apenas 4% dos residentes na Área Metropolitana do Porto (AMP) consideram que o turismo tem efeitos negativos na cidade do Porto. Destacam como mais-valias a capacidade de gerar riqueza e emprego, de atrair investimento, o facto de o sector ser nos dias de hoje o principal motor do desenvolvimento económico da cidade. Admitem, no entanto, que a actividade tem um impacto inflacionista nos preços praticados, tanto no comércio como na habitação, e por isso defendem que o governo local e o governo central devem tomar medidas para evitar a subida dos preços. Tendem, ainda, a concordar que as autoridades governativas devem impor limites ao número de turistas.

Estas são algumas das conclusões do estudo ‘Sustentabilidade Económica do Turismo no Porto’ realizado pelo ISAG-European Business School (ISAG-EBS) em parceria com o Centro de Investigação em Ciências Empresariais e Turismo da Fundação Consuelo Vieira da Costa (CICET-FCVC), que resultou da aplicação de inquéritos por questionário e incidiu sobre uma amostra de 678 residentes na AMP.


Foto Filipa Brito CM do Porto


Turistas rendidos à  Invicta

Neste estudo, foi também avaliado o impacto económico e turístico gerado no Porto, tendo por base a amostra de 223 residentes fora da AMP ou no estrangeiro. Dentro deste universo, 77% afirmaram estar em turismo na cidade. Passaram, em média, 4,7 noites, tendo a maioria escolhido ficar alojada em hotel (56%), principalmente de 4 estrelas (44%), 3 estrelas (29%) e 5 estrelas (21%). Em Alojamento Local pernoitaram 21% dos inquiridos, enquanto 11% ficaram em casa de amigos ou familiares e outros 11% em hostel.

Os principais factores que estiveram na base da escolha do alojamento foram sobretudo o preço (35%), a recomendação de amigos e familiares (21%) e a notoriedade do estabelecimento (18%).

Durante a estadia, os inquiridos responderam ter gastado, em média, cerca de 690 euros diários. Neste valor incluem-se as despesas com alojamento (294,85 euros diários), seguido das compras ou presentes (116,62 euros diários), das refeições (115,16 euros diários), das actividades de cultura e lazer (98,49 euros diários) e, por último, das deslocações (66,57 euros diários).

No que diz respeito às actividades realizadas na cidade, as mais mencionadas foram as visitas ao Centro Histórico do Porto (64 %), a património/monumentos/museus (53%) e às caves do Vinho do Porto (41%), as experiências gastronómicas (40%) e de degustação de vinhos (30,94%).

De acordo com os dados do estudo, o grau de satisfação geral com a visita à cidade fixou-se nos 4,3 valores, sendo que cerca de 90% dos inquiridos disseram estar satisfeitos ou muito satisfeitos. Compreende-se, portanto, a razão pela qual 94% tenham afirmado que tencionam recomendar o Porto a amigos e familiares e 90% tenham manifestado a intenção de repetir a visita àquele que foi considerado o Melhor Destino de Cidade do Mundo em 2022 e o Melhor Destino Europeu para Escapadela em 2023.


Ficha Técnica

Título: Estudo ‘Sustentabilidade Económica do Turismo no Porto’

Entidades responsáveis: ISAG-European Business School e Centro de Investigação em Ciências Empresariais e Turismo da Fundação Consuelo Vieira da Costa (CICET-FCVC

Coordenadoras do estudo: Elvira Vieira, diretora-geral do ISAG-EBS e coordenadora científica e investigadora do CICET-FCVC; Ana Pinto Borges, presidente do Conselho Pedagógico do ISAG-EBS e coordenadora científica e investigadora do CICET-FCVC

Amostra: 901 inquiridos (678 residentes na AMP e 223 residentes no estrangeiro ou fora da AMP), com um intervalo de confiança de 95% e um erro amostral de 5%, pelo que as amostras recolhidas são representativas da população em estudo.