
Moita promoveu debate sobre o Arco Ribeirinho Sul
O Fórum Cultural José Manuel Figueiredo, na Baixa da Banheira, acolheu, durante esta sexta-feira, 6 de Junho, uma conferência sobre o desenvolvimento do Arco Ribeirinho Sul onde se debateu a estratégia e os desafios que este território tem pela frente.
Na sessão de abertura, Carlos Albino (PS), presidente da Câmara Municipal da Moita, abordou os projectos que estão previstos para o concelho no âmbito do desenvolvimento do Arco Ribeirinho, como o terminal fluvial em Alhos Vedros que considera “um investimento essencial para o concelho da Moita e para a região, inserindo-se na visão de futuro que se deseja para o território”. O traçado do Metro Sul do Tejo foi outro dos temas abordados pelo autarca - assunto que foi debatido, no final de 2024, com a então Secretária de Estado da Mobilidade, Cristina Pinto Dias.
A mobilidade foi um dos temas centrais no discurso de abertura do presidente, que garantiu “que não há rio que nos separe”, recordando à plateia que “cerca de um milhão de pessoas estão na Península de Setúbal e que desse milhão, cerca de 35 a 40 por cento trabalha fora da região”.
O autarca da Moita considera que o projecto do Arco Ribeirinho Sul é importante para o progresso da região, mas está consciente de que irão ter pela frente muitos desafios. “Um dos grandes desafios que, certamente, iremos enfrentar, prende-se com a gestão de recursos e o financiamento adequado para seguir em frente com este ambicioso projecto”. Nesta questão, Carlos Albino não tem dúvidas que a solução está na união de todos os parceiros. “É imperativo actuarmos em conjunto - público, privado, sociedade civil - para garantir um desenvolvimento sustentável que reflicta as verdadeiras necessidades da região e das populações”. O presidente da autarquia recordou ainda que é muito importante que as equipas de trabalho tenham uma visão “lúcida e de proximidade” com o terreno.
Investimento de 100 milhões de euros no concelho
Com o trabalho realizado nos últimos três anos e meio por este executivo camarário, foi possível atrair para o concelho 100 milhões de euros de investimento, que vão criar mais de 700 postos de trabalho, com a instalação de empresas nos mais variados ramos de actividade. A captação destas empresas vai permitir o investimento de mais de 7 milhões de euros, que serão investidos em infraestruturas para o desenvolvimento do território.
Foi sobre a abertura proporcionada pela autarquia à atração de investimento que falaram representantes de algumas empresas, que viram no Município da Moita uma oportunidade de investir.
Organizado pelo jornal O Setubalense e pela Associação da Industria da Península de Setúbal (AISET), com o apoio da Câmara Municipal da Moita, Popular FM e Escola Técnica e Profissional da Moita, a iniciativa contou com um vasto leque de convidados como os presidentes das Câmaras do Barreiro e Alcochete, a presidente do LNEC, representantes da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT) e do Instituto Nacional de Estatística, o Director-geral da AISET e vários empresários.