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Milionários estão a mudar-se cada vez mais para cidades europeias

4 de setembro de 2024

Paris, Berlim, Barcelona, Viena e Madrid estão entre as cidades europeias mais desejadas pelos milionários que estão a pensar em mudar de morada para a Europa ocidental. Lisboa está no top 5 das escolhas das cidades para morar pela sua qualidade de vida.

Um novo estudo internacional sobre o sector imobiliário – o relatório sobre o estilo de vida na Europa (European Lifestyle Report), da imobiliária Knight Frank, parceira em Portugal da Quintela + Penalva desde 2021, teve em consideração cinco dimensões importantes para as pessoas que consideram uma mudança permanente: economia, capital humano, qualidade de vida, ambiente e infraestruturas. Resultou de um inquérito feito a mais de 700 HNWIs (sigla para High Net-Work Individual, isto é, os indivíduos com um património líquido de 1 milhão de dólares ou mais).

De acordo com este relatório, os HNWIs dão prioridade à segurança e à privacidade em detrimento dos benefícios fiscais no que toca a mudança de residência ou à compra da segunda casa, devido às preocupações geopolíticas.

Como já referido Paris, Berlim, Barcelona, Viena e Madrid estão entre as cidades europeias mais desejadas pelos HNWIs que estão a pensar em mudar de morada para a Europa ocidental.

Lisboa está no top 5 das escolhas das cidades para morar pela sua qualidade de vida, e é escolhida em quarto lugar pela qualidade ambiental. A capital portuguesa está à frente de Viena e logo atrás de Estocolmo, Dublin e Londres.

“Sabemos que Lisboa tem atraído pessoas de todo o mundo que escolhem a cidade pela sua qualidade de vida, mas acredito que o país continua a ter um enorme potencial de desenvolvimento fora dos grandes centros urbanos. Portugal é um país com uma fácil acessibilidade de Norte a Sul, e podemos oferecer estilos de vida diferentes para todas as gerações e para todas as pessoas que procurem segurança”, revela Francisco Quintela, partner da Quintela + Penalva l Knight Frank.

Por sua vez, as cinco cidades mais atraentes para os milionários do ponto de vista económico são Londres, Paris, Dublin, Estocolmo e Madrid.


O relatório da Knight Frank conclui também que a riqueza está a aumentar e é cada vez mais móvel a nível mundial. E que 19% dos HNWIs planearam solicitar um segundo passaporte ou uma nova cidadania em 2024.

Por outro lado, se os HNWIs mais velhos dão primazia aos benefícios fiscais, os millennials e a Geração Z dão prioridade às oportunidades de emprego e à qualidade da educação.

Já 83% dos HNWIs que pretendem mudar de residência preferem viver nas cidades, em vez das zonas rurais, devido às oportunidades económicas e culturais. No entanto, 17% estão a escolher zonas rurais ou estâncias turísticas, como resorts. As pressões geopolíticas e as alterações políticas estão a levar os HNWIs a pensar em mudarem-se para mercados mais favoráveis.

Algarve ainda a preços acessíveis para os milionários

Segundo o European Lifestyle Report, a Europa continua a ter um bom valor de preço de m2 quando comparado com outros mercados mundiais.

O Algarve está no primeiro lugar dos mercados prime da Europa mais acessíveis para os milionários, logo seguido por Bordéus e pela Toscânia. No entanto, segundo este relatório, o Algarve foi das regiões cujos preços de imobiliário residencial mais aumentaram em termos percentuais depois da pandemia.

Já no sentido oposto, Londres é o destino mais caro, mesmo para os milionários.


Segundo o mesmo relatório, a Europa está no topo das classificações mundiais em termos de países com uma maior diversidade de proprietários no que a nacionalidades diz respeito, sendo que Portugal encontra-se em sétimo lugar numa lista de 10 destinos. Apenas antecedido de França (em primeiro lugar), de Espanha (em 2º), de Itália, Reino Unido, Grécia e Suíça (respetivamente). Já a Croácia encontra-se em 8º, a Irlanda em 9ºe a Alemanha em 10º lugar.

Por sua vez, Portugal está entre os países que mais benefícios fiscais oferecem aos novos residentes, quer seja sobre os rendimentos passivos e mais-valias, ou sobre pensões e/ou rendimentos do trabalho, a par de países como a França, Áustria ou Espanha.

Para Kate Everett-Allen, Head of Europe Residential Research da Knight Frank, “as alterações nas condições de mercado, incentivos fiscais, opções de vistos e melhorias no estilo de vida também podem influenciar as decisões de mudança de país dos mais ricos. A pandemia, os novos modelos de trabalho híbridos e o aumento das reformas antecipadas ou semi-aposentações entre as pessoas na casa dos cinquenta anos contribuíram para esta tendência de mobilidade acrescida”.

O European Lifestyle Report destina-se a apoiar, de forma sustentada, aqueles que estão a considerar uma mudança permanente para a Europa.