Menos empresas de Construção e Obras Públicas a fecharem e a subir a criação de novas
De acordo com o Barómetro da Iberinform da Crédito Y Caución, em termos globais, até final do segundo quadrimestre deste ano registaram-se 2.673 insolvências, menos 281 que no período homólogo do ano passado, valor que traduz uma diminuição de 9,5%. Contudo, em Agosto, houve um ligeiro aumento face ao mês homólogo de 2021, com um total de 125 insolvências (+6,8%). Este é o primeiro mês do ano a registar um aumento face ao mesmo período do ano passado.
Por tipologia e no acumulado até final de Agosto, as declarações de insolvência requeridas por terceiros diminuíram 11,1% (menos 64 que em 2021), enquanto as apresentações à insolvência pelas próprias empresas baixaram 13,3% (de 602 em 2021 para 522). Os encerramentos com plano de insolvência também diminuíram, embora de forma menos expressiva (-3,3%). Nos primeiros oito meses de 2022 foi declarada a insolvência de 1.610 empresas, menos 136 declarações que em 2021.
Os distritos de Lisboa e do Porto são os que apresentam os valores mais elevados: 712 e 627 insolvências, respetivamente. Face a 2021, Lisboa tem um aumento de 4,1%, enquanto o Porto baixa 13%. As maiores descidas verificam-se, contudo, nos distritos de: Portalegre (-34,8%); Viana do Castelo (-30,9%); Braga (-27,6%); Vila Real (-25%); Faro (-23,1%); Aveiro (-22,9%); Coimbra (-22,1%); Beja (-21,4%); Ponta Delgada (-15,4%) e na Madeira (-14,1%). Além de Lisboa, também há aumentos em: Horta (+100%); Bragança (+45,5%); Angra do Heroísmo (+25%); Setúbal (+17,9%); Évora (+9,1%) e Santarém (+7,6%).
O sector de Transportes é o único que vê subir as insolvências, com um aumento de 8,2% face a 2021 (total de 119 insolvências). As maiores descidas registam-se nas atividades de: Telecomunicações (-25%); Hotelaria e Restauração (-15,7%); Outros Serviços (-12%); Indústria Transformadora (-11,1%); Comércio por Grosso (-10,5%); Construção e Obras Públicas (-7,6%); Agricultura, Caça e Pesca (-7,5%); Comércio de Veículos (-7,7%) e Comércio a Retalho (-4,7%).
Constituições mantêm crescimento de dois dígitos
Em Agosto, foram criadas 2.893 novas empresas, mais 162 empresas que no período homólogo do ano passado. No total do ano, já foram constituídas 32.082 novas empresas, mais 4.755 que em 2021 (aumento de 17,4%).
O distrito de Lisboa tem o número mais significativo de novas empresas, com 11.023 constituições (+31,1% face a 2021), seguido pelo Porto, com 5.390 empresas (+9,8%). Os distritos que também apresentam acréscimos significativos são: Faro (+29,1%); Ponta Delgada (+28,7%); Setúbal (+26,3%); Madeira (+20,5%); Coimbra (+20,2%); Portalegre (+17,3%); Beja (+14,2%); Angra do Heroísmo (+11,5%); Aveiro (+10,2%); Santarém (+7,9%); Vila Rela (+5,1%); Leiria (+4,6%); Braga e Guarda ambos com aumentos de 2,8% face a 2021.
Com variação negativa evidenciam-se: Bragança (-15,8%); Évora (-3,2%); Horta (-3,2%); Castelo Branco (-3,1%) e, por último, Viseu (-2,9%).
Os sectores que apresentam uma variação positiva na constituição de novas empresas são: Transportes (+137,7%); Hotelaria/Restauração (+22,8%); Outros Serviços (+20,6%); Telecomunicações (+20,3%); Eletricidade, Gás e Água (+12%); Comércio de Veículos (+10,7%); Construção e Obras Públicas (+10,7%) e Comércio por Grosso (+8,4%).
Com variação negativa surgem apenas três sectores: Comércio a Retalho (-17,5%); Agricultura, Caça e Pesca (-3,3%) e Indústria Transformadora (-1,3%).