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Insolvências com crescimento homólogo de mais de 18% em Maio

7 de junho de 2023

Os pedidos de insolvência requeridos por terceiros aumentaram quase 20% nos primeiros cinco meses deste ano face ao período homólogo de 2022, enquanto os pedidos de insolvência apresentados pelas próprias empresas cresceram quase 3%.

De acordo com o relatório mensal da Iberinform da Crédito y Caución, as insolvências aumentaram mais de 18% em Maio face ao mês homólogo de 2022, com 420 empresas insolventes, mais 65 que no ano passado. Contudo, em termos acumulados, verifica-se um decréscimo de 4,2% nos primeiros cinco meses deste ano face a 2022, com um total de 1.735 insolvências (menos 77 que há um ano).

De notar que no período de Janeiro a Maio, as declarações de insolvência requeridas por terceiros aumentaram 20% (mais 58 empresas, num total de 352 acções), enquanto as apresentações à insolvência pelas próprias empresas cresceram 2,9% face a 2022 (mais nove acções, num total de 322). Quanto aos encerramentos com plano de insolvência não se regista qualquer variação relativamente a 2022. Em termos de processos encerrados há uma variação negativa com menos 177 processos que em igual período do ano passado.

Lisboa e o Porto são os distritos que apresentam o valor mais elevado de insolvências: 401 e 380, respectivamente. Face a 2022, verifica-se uma diminuição de 17% em Lisboa e de 13% no Porto. Com decréscimos nas insolvências destacam-se, ainda, os distritos de: Castelo Branco (-42%); Guarda (-42%); Ponta Delgada (-33%); Santarém (-30%); Setúbal (-13%); Viseu (-4,9%) e Coimbra (-1,8%). 

Os aumentos nas insolvências acontecem nos distritos de: Angra do Heroísmo (+167%); Vila Real (+47%); Viana do Castelo (+41%); Bragança (+38%); Horta (+33%); Leiria (+31%); Madeira (+31%); Portalegre (+27%); Braga (+28%); Beja (+25%); Faro (+8%); Aveiro (+7,3%) e Évora (+6,3%).

Os sectores de actividade que apresentam aumento nas insolvências são: Indústria Extrativa (+100%); Construção e Obras Públicas (+7,4%) e Outros Serviços (+3,7%). Com decréscimos destacam-se os setores de: Eletricidade, Gás, Água (-78%); Comércio de Veículos (-15%); Indústria Transformadora (-15%); Agricultura, Caça e Pesca (-15%); Comércio por Grosso (-13%); Comércio a Retalho (-2,5%); Transportes (-1,2%) e Hotelaria e Restauração (-0,6%).


Constituições com descida de 8,2% em Maio

Em Maio foram constituídas 4.025 novas empresas, menos 360 em termos homólogos (-8,2%). Contudo, no acumulado verifica-se um acréscimo em relação aos anos de 2021 e 2022. Nos primeiros cinco meses deste ano foram constituídas 23.374 novas empresas em Portugal.

O número de constituições mais significativo verifica-se em Lisboa, com 7.893 empresas (+ 7,3%), a que se segue o distrito do Porto com 3.841 empresas (+5,6%). Além destes dois distritos, registam-se acréscimos em: Beja (+19%); Ponta Delgada (+14%); Portalegre (+14%); Setúbal (+13%); Faro (+12%); Aveiro (+9,9%); Santarém (+7,9%); Viana do Castelo (+7,3%); Coimbra (+6%); Leiria (+6%); Viseu (+5,6%); Évora (+5,4%); Braga (+3,9%) e Vila Real (+3,3%).

Com variação negativa destacam-se os distritos de: Horta (-36,6%); Bragança (-19%); Angra do Heroísmo (-11%); Guarda (-11%); Castelo Branco (-4%) e Madeira (-2,9%).

Até Maio, os sectores que apresentam uma variação positiva na constituição de novas empresas são: Transportes (+90%); Comércio de Veículos (+20%); Eletricidade, Gás Água (+17%); Hotelaria e Restauração (+12%); Construção e Obras Públicas (+4,3%) e Comércio por Grosso (+2,9%).

Os sectores que apresentam variação negativa são: Indústria Extrativa (-50%); Telecomunicações (-32%); Agricultura, Caça e Pesca (-9,3%); Indústria Transformadora (-8,7%); Comércio a Retalho (-7,4%) e Outros Serviços (-1,1%).