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Região do Norte lidera nas casas vagas

 

Região do Norte lidera nas casas vagas

13 de fevereiro de 2015

No ano de 2011, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística, o stock do mercado residencial, ascendeu a 3,5 milhões de edifícios de habitação familiar e 5,9 milhões de alojamentos. Do total dos alojamentos, 32% localizam-se na Região Norte, 25% nas regiões do Centro e de Lisboa, 8% no Alentejo, 6% no Algarve e 2% nos arquipélagos da Madeira e dos Açores.

Segundo o Catálogo de Estudos de Mercado – II Trimestre de 2013 do Gabinete de Estudos da APEMIP – Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal, no período decorrente entre 2001 a 2011, o número de fogos registou um crescimento médio anual de 1,6%, registando um ligeiro abrandamento face ao decénio 1991 a 2001 (1,9%). Indiciando uma contracção da oferta residencial, esta foi naturalmente acompanhada pelo decréscimo de obras concluídas e licenças emitidas. Em 2011, o fogo por habitante rondava 1,8, registando um decréscimo face a 2001 (2,1), a esta realidade não será indiferente a alteração do comportamento da população residente, destacando-se entre outros factores, o aumento da idade na vida activa, a diminuição do índice de fecundidade e de natalidade.

Na Área Metropolitana do Porto (AMP), em 2011 o número de alojamentos era de aproximadamente 792 mil. Neste último decénio o número de alojamentos familiares cresceu cerca de 15,8%, ligeiramente inferior à média nacional (16,7%) traduzindo-se em 19.189 novos alojamentos por ano.

Vila Nova de Gaia, Porto e Matosinhos com mais stock residencial

Na AMP, destacaram-se com o stock de alojamento mais elevado em 2011, os municípios de Vila Nova de Gaia, Porto e Matosinhos. Quanto a crescimento do nível de alojamentos, destaque para os municípios de Maia, Matosinhos, Valongo e Vila do Conde.

Para além da diminuição do ritmo de crescimento do número de alojamentos, é notório o decréscimo do número de habitantes por fogos, quer para Portugal, quer para a AMP, quer para os concelhos. A redução deste indicador tem na sua origem, no decréscimo populacional, influenciado entre outros factores pelo aumento da idade na vida activa, por diminuição do índice de fecundidade e de natalidade. Bem como o aumento da proporção de famílias unipessoais (maioritariamente constituídas por idosos).

Alojamentos vagos registaram um crescimento de 35% numa década

Ainda em 2011, de acordo com os resultados dos Censos, referente aos alojamentos, 3,9 milhões (68%) eram de residência habitual, 1,1 milhões (19%) alojamento sazonal e 734 mil (13%) alojamentos vagos. De referir, no que concerne aos alojamentos vagos, que se registou um crescimento de 35% face a 2001.

Na AMP em 2011, do total de alojamentos, 618,7 (78,1%) mil destinavam-se a residência habitual, 77,5 mil (9,8%) a alojamentos sazonais e 95,7 mil (12%) encontrava-se vagos. No período decorrente entre 2001 a 2011, os alojamentos de residência habitual registaram um crescimento de 14%, os sazonais e os vagos, cresceram ambos, cerca de 22%.

Numa análise concelhia, a generalidade dos municípios da AMP, registou um crescimento bastante pronunciado de alojamentos vagos, com particular destaque para os municípios de Oliveira de Azeméis, Póvoa do Varzim, Santo Tirso e Vale de Cambra. Ainda em 2011, os alojamentos vagos, representavam cerca de 16% do total desses alojamentos na AMP e destinavam-se ao arrendamento. Contudo ainda durante a década de 2001 e 2011 a propriedade é ainda uma realidade para cerca de 73%, o número de alojamentos arrendados rondou os 19,9%.