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Há necessidade de construção nova nas periferias

 

Há necessidade de construção nova nas periferias

 

Há necessidade de construção nova nas periferias

 

Há necessidade de construção nova nas periferias

18 de outubro de 2016

O sector imobiliário antecipa a necessidade de nova construção, sobretudo na periferia dos grandes centros urbanos, até porque os preços praticados em Lisboa não são suportados pelas famílias nacionais e no Porto registou-se o valor mais alto do país por metro quadrado.

Na conferência “Observatório: O Imobiliário em Portugal”, organizada em Lisboa pelo Jornal de Negócios e a imobiliária Century 21, o presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP) alertou que os preços podem estar a ficar perigosos.

“Posso dizer que na semana passada foi feita uma transacção no centro do Porto (…) ao preço mais alto de metro quadrado de Portugal. O que não pode ser: não é bom para quem vendeu, nem para quem comprou, até porque isso vai ter repercussões nas transacções ao lado, o que é perigoso”, afirmou.

O mesmo responsável indicou que face à procura, “agora precisa-se de construção nova em algumas zonas, porque já não chega a reabilitação, até para tentar o equilíbrio de preços”.

Luís Lima considerou que os preços da periferia “começam a ser apetecíveis” e defendeu que o melhor seria nova construção vendida a preços acessíveis.

 

Principal condicionante: rendimento disponível das famílias...

 

Por seu lado, o CEO da Century 21 Iberia, Ricardo Sousa, antecipou para 2017 a “evolução da promoção de obra nova em Portugal” face à “necessidade grande, outra vez, de obra nova” não apenas em Lisboa ou no Porto, mas a nível nacional.

Partindo de comparações que apresentam o imobiliário em Portugal como mais barato do que no estrangeiro, o responsável recordou não estarem a ser considerados os rendimentos disponíveis dos portugueses, o que torna o país muito caro neste sector.

À pergunta se os preços podem subir mais, Ricardo Sousa notou acontecerem transacções que “há seis meses se considerariam impossíveis”.

“A cidade de Lisboa está a ficar desajustada para aquilo que é o rendimento disponível dos portugueses. Não queremos tocar no que funciona e é bom para a cidade e para o país que é o turismo e alojamento local”, afirmou o dirigente, para acrescentar a necessidade de serem potenciadas soluções de habitação, pelos operadores, sobretudo para a classe média.

O mesmo responsável previu um aumento sustentável do número de transacções e que os preços mantenham uma “evolução bastante estável”, sendo que a principal condicionante é o rendimento disponível das famílias.

A imobiliária registou, nos últimos meses, “um aumento significativo de pequenos e médios investidores nacionais” e prevê que eventuais aumentos de custos fiscais se reflitam no valor final dos imóveis.

Como “grandes oportunidades” de investimento, o responsável enumerou o mercado doméstico, face à procura crescente e até acentuado nas periferias, e as pequenas e médias empresas.

Para Ricardo Sousa, o sector do imobiliário deverá beneficiar de maior transparência da informação, além de uma comunicação e gestão integrada.

Lusa/DI