Em metade das capitais de distrito preços das casas subiram mais de 10%
Em 2021, metade das capitais de distrito de Portugal Continental registou uma valorização anual superior a 10%. Em 2020, apenas quatro cidades estavam nesse patamar.
De acordo com os resultados mais recentes do Índice de Preços Residenciais da Confidencial Imobiliário, o segundo ano da pandemia trouxe uma intensificação na subida dos preços de venda das casas à maior parte das cidades capital de distrito no país.
Em 2021, Faro liderou a valorização anual (+26,4%), seguida de Setúbal (18,7%), Viseu (18,5%) e Aveiro (17,3%). No patamar de valorizações entre 10% e 15%, incluíram-se além de Lisboa (+11,7%) e Porto (+10,3%), Coimbra (13,5%), Beja (+11,8%) e Braga (+11,4%). As restantes capitais de distrito posicionaram o crescimento dos preços em 2021 entre os 5% e os 10%, com a única exceção de Santarém, onde os preços da habitação recuaram 3,5% face a 2020.
Já no primeiro ano de pandemia, 2020, a valorização mais acentuada rondou os 14% (em Viana do Castelo), com Aveiro, Portalegre e Porto a constituírem-se como as outras únicas cidades onde os preços aumentaram mais de 10% nesse ano. Entre as restantes capitais de distrito, a esmagadora maioria (12) apresentou então variações anuais de preços inferiores a 5,0%.
A seguir a Lisboa e Porto, Faro apresenta os preços mais elevados, registando vendas a uma média de 1.850 euros/m2 em 2021. Seguem-se Coimbra, Aveiro, Évora e Setúbal, com vendas entre os 1.450 euros/m2 e os 1.600 euros/m2. As restantes capitais transacionaram abaixo dos 1.300 euros/m2, com destaque para Braga e Leiria, as duas únicas no patamar de 1.200 euros/m2. As cidades do interior continuam a apresentar níveis de preços mais baixos, sendo o valor mínimo observado na Guarda, com vendas a 633 euros/m2.
No que concerne a dinâmica de vendas, a tendência transversal foi também positiva, com o número de fogos transacionados a aumentar entre 20% a 30% na maioria das cidades capital face a 2020. Depois de Lisboa e Porto, Setúbal é a capital com maior volume de procura, registando cerca de 4.800 fogos vendidos, seguida por Braga (3.350 Unidades), Coimbra (2.650 unidades), Leiria (2.000 unidades) e Aveiro (1.950 unidades). A restantes cidades situaram as vendas abaixo das 1.600 unidades.