Compra em crescimento e arrendamento em queda
A compra de casa continua a ser a primeira escolha da maioria dos portugueses. No primeiro semestre de 2014, a pesquisa para a aquisição de habitação no portal imobiliário CasaYes foi de 59,4%. A par deste crescimento na procura pela aquisição verifica-se um decréscimo na pesquisa pelo arrendamento.
Este impulso na comercialização é também uma consequência da abertura e tentativa de captar novamente as famílias por parte da banca, para o crédito à habitação. No entanto, as constantes restrições orçamentais a que as famílias estão sujeitas podem condicionar a escolha da aquisição de um bem imobiliário.
Segundo o Catálogo de Estudos relativamente ao II trimestre de 2014, do Gabinete de Estudos da APEMIP – Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal, numa análise por tipo de imóvel, 56,7% das pesquisas direccionaram-se para apartamentos e 31,5% para moradias.
Por tipologia, a procura continua segmentada, à semelhança da oferta, maioritariamente nos T2 e T3. Quanto ao montante pesquisado no âmbito nacional para aquisição de imóveis residenciais, será interessante verificar que 23,9% direccionou-se para valores inferiores ou iguais a 75.000 euros, 31,6% entre os 75.000 e os 125.000 euros e 20,6% entre os 125.000 e 175.000 euros. Em relação à oferta, os valores médios praticados, concentraram-se em torno dos 175.000 até aos 250.000 euros (20,6%).
Relativamente ao arrendamento residencial nas pesquisas efectuadas ao portal CasaYes, a procura de valores, no âmbito nacional, em 38% dos casos encerrava-se entre os 300 e os 500 euros, em 40% para valores inferiores ou iguais a 300 euros e em 13% dos casos entre os 500 a 750 euros. Contrastando a procura, com o que existia em stock no mercado para oferta denotou-se um certo desajustamento. Apenas 13,5% dos imóveis para oferta no Portal CasaYes registaram valores inferiores ou iguais a 300 euros, 44,0% encerram valores compreendidos entre os 300 a 500 euros e 20,3% entre os 500 e os 750 euros.
Alargando a análise ao nível concelhio, é interessante verificar que Lisboa encontra-se na primazia no âmbito dos concelhos mais pesquisados com 10,21%, na procura de apartamentos com 15,3%, no que concerne a imóveis não residenciais encerra cerca de 8,10%, nos imóveis para compra 9,15% e para arrendamento 12,62%.
De mencionar, no que se refere ao arrendamento, o maior nível de pesquisas se centralizou maioritariamente em municípios do distrito de Lisboa e do Porto.
