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Habitação by century 21

 

Compra de casa por parte de famílias portuguesas dispara

25 de fevereiro de 2017

Os consumidores nacionais regressam agora em força ao mercado, depois de vários anos, em que a maioria dos portugueses não tinha condições para comprar ou vender os seus imóveis, ou, pura e simplesmente, adiou a sua decisão de realizar transacções imobiliárias por falta de confiança no mercado. Quem o afirma é Ricardo Sousa, administrador da Century 21 Portugal, face aos resultados que a rede apresentou em 2016.

Segundo o responsável, o aumento significativo do número de operações de crédito à habitação – conjugado com o baixo retorno dos produtos financeiros tradicionais e a reduzida confiança no mercado financeiro – está a atrair compradores e investidores para o sector imobiliário.

Ricardo Sousa admite também que este dinamismo do mercado está a ser influenciado pelo aumento significativo da procura internacional em várias regiões de Portugal, em consequência do crescimento exponencial do número de turistas.

Os resultados anuais da rede revelam que o valor médio de venda dos imóveis, a nível nacional, situou-se nos 148 mil euros e cresceu 14% face à média de 130 mil euros verificada em 2015. Os imóveis mais procurados continuam a ser as tipologias T2 e T3.

O perfil do comprador neste momento é, como referido, maioritariamente nacional, na faixa etária entre os 40 e os 55 anos, que procura um imóvel de dois a três quartos. No caso de Lisboa e Porto, com valores abaixo dos 300 mil euros. Nas principais áreas metropolitanas, a procura é, sobretudo, orientada para imóveis com valores inferiores aos 150 mil euros, e nos mercados mais rurais a procura concentra-se em imóveis abaixo dos 100 mil euros. Também por parte da procura internacional começa a predominar um perfil de comprador de um segmento médio, que procura imóveis até 200 mil euros.

Franceses, brasileiros, belgas e britânicos são as nacionalidades que mais compraram em Portugal e as zonas mais procuradas foram Lisboa, Cascais, Porto, Algarve e a Costa de Prata. Em 2016 as transacções internacionais subiram 6%.

De referir que em 2016, a Century 21 Portugal alcançou um crescimento de 36%, com uma facturação que superou os 25 milhões de euros.

Nos 12 meses do ano realizou  mais de oito mil transacções de venda de imóveis, o que traduz um aumento de 11% no número de transacções em relação às 7250 efectuadas no período homólogo. Os negócios mediados cresceram 26% para os 593 milhões de euros.

Para este ano, Ricardo Sousa refere que será imprescindível aumentar a oferta de imóveis ajustados às reais necessidades da procura. "Os portugueses não encontram soluções de habitação no centro das cidades, quer em termos de compra, quer de arrendamento, e estão a ser obrigados a procurar casa nas periferias dos grandes centros urbanos", conclui.