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Cerca de 5.000 famílias em lista de espera para apoios habitacionais na Madeira

23 de maio de 2022

Cerca de 5.000 famílias madeirenses estão inscritas para apoios habitacionais do Governo Regional e a maioria – 4.365 – procura o programa de habitação social, indicou a empresa pública do sector, referindo que as tipologias mais requeridas são T1 e T2.

“Aquelas famílias numerosas que havia nos anos 80 [do século passado] estão cada vez mais a diminuir. É uma lógica que segue o país inteiro: as famílias têm cada vez menos elementos”, disse à agência Lusa João Pedro Sousa, presidente da Investimento Habitacionais da Madeira (IHM).

O responsável explicou que 55% das candidaturas ao programa de habitação social da IHM correspondem a famílias constituídas por dois a três elementos e 25% são de membros isolados, ao passo que os agregados de quatro a cinco pessoas representam 17%.

Com base nestes indicadores, os novos projectos da empresa incidem sobretudo na construção de casas de tipologia T1 e T2, estando previsto um total de 783 novos fogos até 2026, dos quais 533 financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que canaliza 136 milhões de euros para o sector na Madeira.

O presidente da IHM explicou que os principais motivos das candidaturas aos apoios habitacionais prendem-se com más condições de habitabilidade das famílias (25%), dificuldade no pagamento de rendas ou crédito (25%) e sobrelotação do espaço onde vivem (20%).

Por outro lado, 12% das candidaturas são de famílias regressadas da Venezuela na sequência da crise política e socioeconómica que afetou aquele país, sobretudo entre 2016 e 2019.

“A renda é calculada em função dos rendimentos do agregado e o valor mínimo que, neste momento, estamos a praticar é 35 euros”, disse João Pedro Sousa.

A Investimentos Habitacionais da Madeira é detida a 100% pela região autónoma e gere 64 conjuntos habitacionais no arquipélago, num total de 4.500 fogos, dos quais 4.217 em regime de habitação social, onde residem cerca de 12.000 inquilinos.

Lusa/DI